Segundo a Folha de São Paulo, a ideia é apresentar um plano ao ministro da Economia nas próximas semanas para definir mais uma âncora fiscal: o endividamento público.

A ideia dos assessores de Guedes é sinalizar aos investidores que o governo continua empenhado com o ajuste mesmo diante da pandemia, que já consumiu cerca de R$ 400 bilhões em gastos extraordinários, o que deve ter um impacto fiscal elevado e aumentar o endividamento público para 92% do PIB.

A ideia é desenvolver mecanismos que estabeleçam gatilhos de redução da dívida a partir do próximo ano. Esses mecanismos seriam acionados a partir de eventos específicos. No primeiro ano, por exemplo, poderia ser definida uma redução de 1% da dívida com venda de patrimônio público. O grupo de trabalho analisará qual seria a sistemática mais eficiente, mas a ideia inicial é definir degraus de cortes, com reduções mais tímidas nos primeiros anos. O maior abatimento, ainda segundo os técnicos, poderia sair da venda de parte das reservas internacionais em lances sucessivos e posteriores.

No passado, projetos de lei no Congresso tentaram obrigar o Executivo a estabelecer metas de redução da dívida pública. O senador José Serra (PSDB-SP) foi autor de um deles, mas nenhum desses projetos prosperou.

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