Dados revelados pela Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) apontam que o volume total de cargas transportadas em território brasileiro sofreu uma queda de 38,69% desde o início da crise provocada pela epidemia do novo coronavírus. No entanto, mesmo com os grandes desafios e obstáculos impostos pelo contexto atual, algumas empresas do setor estão descobrindo novas formas de reinventar os seus serviços e produtos, e assim minimizar os impactos da pandemia sobre os seus resultados e capacidade de expansão.

Um destes exemplos é a empresa mineira Transcota – logística e transporte, que apresentou um crescimento de cerca de 15% no período compreendido entre os meses de janeiro e abril deste ano, tendo como comparação os rendimentos alcançados no mesmo intervalo de tempo em 2019. Segundo o engenheiro de produção e CEO do empreendimento, Felipe Marçal Cota, a empresa pretende alcançar um avanço de 25% de seus negócios até o final de 2020 e prevê um aumento de 30% em seu faturamento no próximo ano.

De acordo com o empresário, estes bons resultados se devem ao desenvolvimento de novos clientes dos setores alimentício, hospitalar e farmacêutico. “Iniciamos o planejamento estratégico no dia 20 de março, o que possibilitou melhor tempo de resposta para enfrentar o período crítico da recessão. É interessante ressaltar que não tivemos nenhum tipo de impacto quanto ao desempenho de nossos colaboradores, que estão em home office. Todos os nossos servidores, sistemas, computadores estão alocados em nuvem, o que permite o acesso remoto de qualquer parte do mundo. Por estes motivos continuamos os nossos atendimentos e trabalhos em equipe 100% ativos ao longo da epidemia”, ressalta.

Com mais de 30 anos de trajetória, a empresa possui sedes nas cidades de Contagem (MG), São Paulo (SP) e Parauapebas (PA), oferecendo serviços de cunho logístico como a elaboração de projetos, a realização de consultorias, armazenagens e etiquetagens, a montagem de kits, a gestão de estoques e transportes, e dentre outros. “Estamos reforçando o serviço de hub logístico. Este trabalho consiste em gerenciar toda a operação de nossos clientes, desde a coleta nos fornecedores, passando pela armazenagem, separação e embalagem, até a entrega no cliente final”, comenta.

Por fim, Felipe afirma que após a epidemia, a maioria das empresas irão precisar reduzir custos e desenvolver maior flexibilidade para voltarem gradativamente a realizar suas operações. “O serviço de hub vai ser extremamente oportuno para auxiliar estes empreendimentos pós-pandemia. Atualmente, os nossos objetivos principais são desenvolver tecnologias inovadoras, que possibilitem a redução de custos logísticos aos nossos clientes, e ainda diversificar a nossa plataforma de atendimento para atender outros setores da economia. Estamos passando por um momento bastante difícil, mas acredito que novas dinâmicas de trabalho e a reinvenção de processos podem ser decisivos para que uma empresa sobreviva ou mesmo se destaque em meio a este complexo cenário”, conclui.

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