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Por: Paulo Queiroga

 

Embora com receio, empresários da hotelaria se preparam para a Copa do Mundo.

Em meio a frustrações de hoteleiros durante a Copa das Confederações, o segmento de hospedagens no Brasil tenta se adaptar à nova realidade.

Apesar das reclamações dos empresários das cidades que sediaram os jogos da Copa das Confederações, quanto às taxas de ocupação dos hotéis, o setor continua apostando no aumento do número de visitantes para a Copa do Mundo em 2014.

A previsão do governo é que o Brasil deverá receber cerca de 600 mil turistas na Copa de 2014. Se isso se concretizar, tirará, sem dúvida, o país da vergonhosa posição 42º país mais visitado do mundo, no ranking mundial de recepção de turistas estrangeiros, atrás de países como Vietnã, Bulgária e Romênia.

 

Novos segmentos de hospedagem

A revista Veja publicou matéria que ressalta as oportunidades que os hostels, essa modalidade de hospedagem mais barata, informal e caracterizada por quartos compartilhados, tem gerado para empresários brasileiros interessados no setor de serviços turísticos.

Nos Estados Unidos e na Europa, os hostels são uma forma comum de hospedagem. No Brasil, entretanto, esse tipo de negócio é tão novo quanto o interesse dos jovens estrangeiros em passar férias no país.

Segundo a Associação de Hostels de São Paulo (Ahostelsp), apenas em São Paulo, o número de estabelecimentos cresceu 159% no primeiro semestre de 2013 (de 22 para 57 estabelecimentos), na comparação com o mesmo período do ano passado.

No Rio de Janeiro, a cidade que mais recebe turistas no país, existem apenas 72 hostels, de acordo com a Riotur – alguns deles, em favelas como a Rocinha. Para se ter uma ideia do quanto o mercado poderá crescer no Brasil, em Nova York, existem mais de 150 estabelecimentos. Em Barcelona, são 400.

Um fato do qual os hoteleiros não tem o que reclamar, é que há flagrante déficit de hospedagem no país. A oferta continua bem menor que a demanda e isso reflete nos preços das diárias. Portanto, o mercado de hostels se mostra oportuno em algumas capitais turísticas.

No entanto, especialistas em planejamento de turismo, no site da revista Veja, fazem um alerta aos empreendedores de primeira viagem: “não basta colocar um monte de camas em uma casa grande e esperar os hóspedes chegarem. É necessário planejamento e, em muitos casos, investimentos quase milionários”. Mesmo assim, o setor atrai o interesse de empreendedores de todo o país.

De acordo com Laura Maia, proprietária do Adventure Hostel e supervisora do Ralé Chateau (na favela pacificada do Cantagalo) – ambos no Rio, o investimento em um hostel fica entre 150 e 400 mil reais. No Ralé – nome que satiriza a rede de hotéis de luxo Relais & Châteaux -, as diárias estão entre 45 e 60 reais.

Mas há lançamentos mais vultosos – sobretudo quando o investimento é um hostel “boutique”, cujo público é formado por jovens “descolados”que querem hospedagem com estilo, sem pagar por uma diária de hotel. Localizado em um edifício de três andares na zona sul carioca, o Leblon Spot foi lançado em 2010 como um design hostel: decoração minimalista, trilha sonora de música eletrônica e serviço comparável ao de um hotel 4 estrelas. Para tal resultado, foram investidos 800 mil reais, apenas na reforma e decoração do local.

 

Segmentação

Se, no Rio de Janeiro, o mercado de hostels é abastecido pelos milhares de turistas estrangeiros que buscam aproveitar as belezas da cidade, em São Paulo, conhecida pelo turismo de negócios, a oferta precisará se concentrar em nichos para garantir boa taxa de ocupação.

Na capital paulista, foi lançado um hostel com investimentos de peso. Após nove meses de reformas, um casarão na região da Avenida Paulista deu lugar ao Beew, que exigiu aporte de 700 mil reais. “Praticamente colocamos o imóvel original abaixo. Depois, adequamos as instalações ao que pensamos ser o melhor para o hostel”, afirma Gustavo Dermendjian, sócio do Beew. Animado com o novo negócio e com os eventos que a cidade recebe e vai receber, Dermendjian planeja lotação máxima no período da Copa do Mundo. Em seu hostel, a diária é de 60 reais para quartos compartilhados e de 250 reais para suítes particulares.

Segundo Maria José Giaretta, presidente da Hostelling International do Brasil, São Paulo é caracterizada pelo turismo empresarial, onde os hóspedes mantêm a preferência por tradicionais quartos de hotéis. O aumento do número de hostels precisa ser acompanhado por estratégia e plano de negócios para atrair os demais turistas – sobretudo jovens. Para ela, os estabelecimentos terão de se destacar pela segurança de acomodações e direcionar o foco para públicos específicos. “Agora é a hora de organizar a casa e primar pela qualidade para conseguir crescer”, afirma a empresária.

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