Economia brasileira continua, há décadas, travada e se distancia cada vez mais da média do crescimento global, condenando o país ao atraso e subdesenvolvimento
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Carlos Alberto Teixeira de Oliveira

O PIB – Produto Interno Bruto global deverá superar US$ 100 trilhões pela primeira vez e alcançará o montante de US$ 103,5 trilhões e, desse total, o Brasil terá uma participação relativa de 1,83%.

Os países desenvolvidos que, em 2000, respondiam por 79,0% da produção mundial – terão as suas participações reduzidas para 52,7% em 2022. Já os emergentes ou em desenvolvidos, categoria do o Brasil se inclui, saltarão de uma participação de 21,0% para 47,3% do total mundial neste ano. A tendência é de se continuar esta ampliação com a possibilidade de, mais alguns anos à frente, também assumirem a sua liderança.

De acordo com dados do FMI e Banco Mundial o Brasil, em 2022, detém a 6ª maior população, a 5ª maior superfície terrestre e a 12ª maior economia mundial.

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Depois das surpresas para cima no ritmo do crescimento do PIB em 2022, o desempenho esperado para o próximo ano é mais fraco. Enquanto o FMI e o Banco Mundial, respectivamente, esperam que a taxa média de crescimento do PIB atinja 3,5% e 3% em 2022, suas previsões descem para 1,7% e 1,6% em 2023. Para o Brasil, o FMI e o Banco Mundial projetam, respectivamente, 2,8% e 2,5% neste ano e 1% e 0,8% no ano que vem, abaixo da média regional e global.

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A taxa de crescimento do PIB – Produto Interno Bruto do Brasil esperado para 2022 de 2,77% – de acordo com o Relatório Focus do Banco Central divulgado no dia 31 de outubro está absolutamente em linha com os níveis projetados pelo FMI para a economia brasileira neste exercício.

Durante os vinte e dois anos iniciais deste novo século e milênio, em apenas cinco deles (2002, 2004, 2007, 2008 e 2010) a economia brasileira conseguiu registrar desempenho superior à média global. Desde 2011, até os dias atuais e, em todos eles, o PIB-Produto Interno Bruto médio global registrou performance superior e atividade muito mais vigorosa do que os níveis brasileiros. Em síntese, nestes últimos doze anos, em nenhum deles a economia brasileira conseguiu superar a média do crescimento econômico global, ficando bem abaixo, o que representa uma verdadeira tragédia nacional, principalmente se analisada sob a ótica social. O exemplo mais claro é que a renda per capita dos brasileira, ainda nos dias atuais, retrocede aos níveis do ano de 2008.

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Durante a primeira década de 2001/2010, a economia brasileira cresceu no acumulado 43,55% e quase que até mesmo conseguiu acompanhar a evolução média da economia mundial, que registrou uma expansão 46,84%. No entanto, ficou à metade do ritmo das economias emergentes e em desenvolvimento, que expandiram 82,55% no acumulado do período.

Já nos anos 2011-2020 seguintes, considerada a “Década-Fracassada”, enquanto a economia global expandiu no acumulado 32,48%, a brasileira praticamente não saiu do lugar, tendo crescido apenas 2,68% no período. Exige-se mencionar que, no mesmo período, os países considerados emergentes ou em desenvolvimento (categoria da qual o Brasil faz parte) registraram expansão acumulada de 49,67%.

 

Consideradas as projeções do PIB mundial feitas pelo FMI – Fundo Monetário Internacional para o ano de 2022, o placar para o desempenho médio acumulado, da economia global deste início de século, poderá ser o seguinte: Mundo: 113,21% – Brasil: 58,51% e emergentes 202,18%.

 

VARIAÇÃO DO PIB – PRODUTO INTERNO BRUTO – Século XX

MÉDIA ANUAL – Em %

2001/2010       2011/2020      2021/2022*    Período

Mundo            3,93                 2,87                9,60                 3,57

Brasil              3,73                 0,30                3,70                 1,99

 

RESULTADO ACUMULADO DO PERÍODO – Em %

2001/2010       2011/2020      2021/2022*    Período

Mundo            46,84               32,48              7,54                 113,21

Brasil              43,91                 2,68              5,47                   58,51

*Projeções

TAXA DE VARIAÇÃO ANUAL DO PIB – PRODUTO INTERNO BRUTO –

MUNDO X BRASIL – 2001/2022 – Em %

Ano                  Mundo             Brasil               Emergentes

2001                2,46                 1,39                 3,64

2002                2,90                 3,05                 4,45

2003                4,26                 1,14                 6,92

2004                5,42                 5,76                 7,88

2005                4,85                 3,20                 7,10

2006                5,41                 3,96                 7,88

2007                5,56                 6,07                 8,38

2008                3,10                 5,09                 5,73

2009               -0,08                   -0,12                 2,83

2010                5,44                 7,53                 7,39

Média              3,93                 3,71                 6,22

Acumulada      46,84                 43,55                 82,55

 

2011                4,28                 3,97                 6,36

2012                3,54                 1,92                 5,39

2013                3,43                 3,01                 5,02

2014                3,54                 0,50                 4,73

2015                3,44                  -3,55                 4,34

2016                3,27                  -3,28                 4,43

2017                3,77                 1,32                 4,78

2018                3,61                 1,78                 4,62

2019                2,81                 1,22                 3,61

2020               -2,95                   -3,88                  -1,89

Média              2,87                 0,30                 4,14

Acumulada      32,48                 2,68                 49,67

 

2021                6,02                 4,62                 6,62

2022*              3,19                 2,79                 3,74

Média              4,61                 3,70                 5,18

Acumulada       9,60                 7,54                 10,60

*Previsões

Em azul: Anos em que o PIB brasileiro cresceu mais do que a média mundial

Fonte: World Economic Outlook/FMI – Oct 2022

Elaboração: MinasPart Desenvolvimento

Fonte: IBGE/IPEADATA/Elaboração MinasPart Desenvolvimento

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QUEDAS MAIS EXPRESSIVAS DO PIB BRASILEIRO – PERÍODO DE 1901 A 2022

Ano %   Ano %
1990 4,35 1931 3,30
1981 4,25 2016 3,28
2020 3,88 1908 3,20
2015 3,55 1938 2,93

 

Fonte: IPEAData/Elaboração MinasPart Desenvolvimento

*Administrador, Economista e Bacharel em Ciências Contábeis, com vários cursos de pós graduação no Brasil e exterior. Ex-Executive Vice-Presidente e CEO do Safra National Bank of New York, em Nova Iorque, Estados Unidos. Ex-Presidente do BDMG-Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais e do Banco de Crédito Real de Minas Gerais; Foi Secretário de Planejamento e Coordenação Geral do Governo de Minas Gerais e Diretor-Geral (Reitor) da Faculdade Estácio de Sá de Belo Horizonte; Ex-Presidente do IBEF Nacional – Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças e da ABDE-Associação Brasileira de Desenvolvimento; Coordenador Geral do Fórum JK de Desenvolvimento Econômico; Presidente da ASSEMG-Associação dos Economistas de Minas Gerais.  Presidente da MinasPart Desenvolvimento Empresarial e Econômico, Ltda. Vice-Presidente da ACMinas – Associação Comercial e Empresarial de Minas. Presidente/Editor Geral de MercadoComum. Autor de vários livros, como a coletânea intitulada Juscelino Kubitschek: Profeta do Desenvolvimento.

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Fonte: IPEAData/Elaboração MinasPart Desenvolvimento *Administrador, Economista e Bacharel em Ciências Contábeis, com vários cursos de pós graduação no Brasil e exterior. Ex-Executive Vice-Presidente e CEO do Safra National Bank of New York, em Nova Iorque, Estados Unidos. Ex-Presidente do BDMG-Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais e do Banco de Crédito Real de Minas Gerais; Foi Secretário de Planejamento e Coordenação Geral do Governo de Minas Gerais e Diretor-Geral (Reitor) da Faculdade Estácio de Sá de Belo Horizonte; Ex-Presidente do IBEF Nacional – Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças e da ABDE-Associação Brasileira de Desenvolvimento; Coordenador Geral do Fórum JK de Desenvolvimento Econômico; Presidente da ASSEMG-Associação dos Economistas de Minas Gerais. Presidente da MinasPart Desenvolvimento Empresarial e Econômico, Ltda. Vice-Presidente da ACMinas – Associação Comercial e Empresarial de Minas. Presidente/Editor Geral de MercadoComum. Autor de vários livros, como a coletânea intitulada Juscelino Kubitschek: Profeta do Desenvolvimento.

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