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A economia do mundo atual na visão cristã do Evangelii Gaudium – Alegria do Evangelho: Exortação Apostólica do Papa Francisco. Esse foi o tema do encontro de Dom Walmor Oliveira de Azevedo, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, com empresários e dirigentes de empresas, promovido nessa quinta-feira( 21) pela Paróquia Nossa Senhora Rainha em parceria com a Associação de Dirigentes Cristãos de Empresa (ADCE). No encontro, o arcebispo abordou importantes questões sociais e econômicas, como economia da exclusão, cultura do descartável, globalização da indiferença, idolatria ao dinheiro, desigualdades sociais e deformação ética, entre outras, sempre à luz do Evangelii Gaudium, que é a primeira Exortação Apostólica Pós- Sinodal escrita pelo Papa Francisco e que foi publicada no encerramento do Ano da Fé, dia 24 de novembro do ano de 2013. Depois de cânticos de louvor, embalados pela cantora e compositora Lucimare Nascimento, e de orações, feitas pelo pároco padre Alexandre Fernandes de Oliveira, o atual presidente da ADCE, Sérgio Frade, fez um discurso de abertura, no qual falou um pouco sobre a história da entidade, cuja origem data de 1931, quando a Uniapac, que congrega todas as ADCE’s do mundo, foi fundada na Europa, num cenário de crise da Grande Depressão (1929) e do primeiro Pós-Guerra. No Brasil, a ADCE foi criada em 1961, em São Paulo, por um grupo de 12 empresários. Cinco anos depois, era fundada a ADCE de Minas Gerais. Com a expansão para outros estados, surgiu a ADCE Uniapac Brasil, que é presidida por Sérgio Cavalieri (ex-presidente da entidade em Minas Gerais) e que coordena os trabalhos das associações regionais no país. Em seu discurso, Sérgio Frade falou dos objetivos principais da ADCE, como buscar mobilizar os dirigentes de empresas para que, à luz do pensamento social cristão, se comprometam com o seu próprio desenvolvimento, por meio da sua espiritualidade, e com a transformação de sua empresa e do meio empresarial como um todo, contribuindo para a construção de uma sociedade mais solidária, justa e humana. Dentre as atividades da ADCE, o presidente citou almoços, palestras com temas relacionados à responsabilidade social empresarial, cafés com fé nas empresas associadas, encontros de reflexão, encontros espirituais, encontros com o clero, seminários nacionais e internacionais e, especialmente, um grupo de reflexão e vivência do programa Empresa com valores. O presidente da ADCE disse que, geralmente, centramos todas as nossas avaliações e cobranças no mundo político. Contudo, os homens de negócios têm responsabilidade não limitada para com o bem comum. Sérgio ressaltou que o mundo cada vez mais globalizado e tecnológico trouxe inúmeras possibilidades para o mundo dos negócios, mas, por outro lado, também colocou os empresários diante de problemas como desigualdades, desestruturação econômica, homogeneidade cultural, inabilidade dos governos, entre outros. Para ele, as mudanças estruturais da nossa era produziram maior individualismo, mais rupturas familiares e preocupações egocêntricas. “Nesse ambiente, que tanto nos aflige, que tanto nos perturba, é que queremos ouvir, ansiosamente, as palavras de Dom Walmor sobre a economia do mundo atual na visão cristã da alegria do Evangelho, na Exortação Apostólica do Papa Francisco”, finalizou Sérgio Frade.

O PAPA NOS INTERPELA

Dom Walmor iniciou sua fala ressaltando a importância do tema “Economia no mundo atual”, pois os números da economia, necessários, muitas vezes nos arrastam numa direção que nos coloca na contramão do bem, da justiça e da solidariedade. Para se compreender isso, não é necessário muito esforço, pois basta olharmos ao redor de nós, em nossas cidades, na nossa região metropolitana e constataremos um cenário degradante, contrário a dignidade de muitas pessoas. O arcebispo falou que a Exortação Apostólica do Papa Francisco nos convida, dentro de uma ótica pastoral, a buscar caminhos de evangelização que possam nos ajudar a mudar esse cenário. Sempre com o livro do Evangelii Gaudium nas mãos, Dom Walmor destacou diversos pontos da obra, que ele disse não se tratar de uma peça acadêmica, organizada, sistematizada, e sim uma forma do Papa Francisco compartilhar com o mundo, com os seus discípulos, com os fiéis, a sua angústia, o seu desejo de mudanças consistentes e profundas, nos interpelando a buscar modos e respostas que sejam novas. Para o arcebispo, ao ler a obra, “muitas pessoas podem pensar que o Papa está falando de uma maneira muito dura, muito forte, mas, na verdade, ele próprio esclarece, e pede até desculpas, dizendo que é uma forma de tratar cada pessoa com muito afeto e com muito respeito”. O arcebispo metropolitano disse que as palavras do Papa Francisco chamam a nós todos a repensar a nossa sociedade. Porque o mundo não pode caminhar em certas direções que ele está caminhando. Não basta apenas que a economia cresça, atingindo números interessantes, se não conseguimos resolver os nossos graves problemas sociais. Não basta que a economia seja equilibrada, se não conseguirmos vencer a violência. É preciso um compasso diferente do ponto de vista social, senão nós não vamos vencer a violência. Só aumentar a segurança, criar novos modos e segurança, não vai vencer a violência. É preciso criar um novo cenário social, pois, do contrário, continuaremos do jeito que estamos ou as coisas vão se complicar ainda mais. Dom Walmor disse que o Evangelii Gaudium é rico em elementos que colocam em evidência a visão cristã dos problemas da economia do mundo atual e que conclamam os cristãos a buscarem, dentro dos ensinamentos de Deus, soluções para vencer as desigualdades, as exclusões, a idolatria ao dinheiro, a falta de ética e a indiferença. 

PROJETO CNBB – ADCE

O evento também teve a presença de Sérgio Cavalieri, presidente da ADCE Brasil. Ele falou sobre o Projeto “Empresa com Valores”, que é desenvolvido em parceria com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) desde 2013. Sérgio disse que o projeto busca uma visão inovadora e sólida de responsabilidade social, com base no ensinamento social cristão e com foco central no ser humano em todo o processo econômico, para promover o conhecimento prático e a formação cristã junto aos empresários e dirigentes, para que possam aplicar estas informações nas empresas onde atuam ou que estejam relacionados. “Nosso objetivo é propiciar maior crescimento econômico, social e espiritual dos participantes e fazer com que a ética, solidariedade, justiça, bem comum, reflitam positivamente nas empresas, na sociedade e no meio ambiente. Dessa forma, esperamos criar riqueza econômica de forma sustentável e distribuí-la com justiça para ampliar as oportunidades, diminuir a desigualdade e aumentar a fraternidade em nosso país”, explica Sérgio Cavalieri.

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