• Por Carlos Alberto Teixeira de Oliveira*

*Economista, presidente da ASSEMG-Associação dos Economistas de Minas Gerais; ex-presidente do BDMG-Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais S.A. e do IBEF-Nacional – Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças; Coordenador-Geral do Fórum JK de Desenvolvimento Econômico – Presidente e editor-geral de MercadoComum. Vice-Presidente da ACMinas – Associação Comercial e Empresarial de Minas.

A Taxa de Desocupação é de 11,8% e a Taxa de Subutilização é de 24,6% no trimestre encerrado em julho de 2019

O IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou, no último dia 30 de agosto, os dados relativos à PNAD Contínua, onde os principais destaques são:

– A Taxa de Desocupação no Brasil no trimestre encerrado em julho em 2019 é de 11,8% e compreende 12,6 milhões de pessoas:

– São 93,584 milhões de  pessoas trabalhando;

– A população fora da Força de Trabalho é de 64,8 milhões de pessoas;

– 41,3% de todos os ocupados estão na informalidade, que é composta por 38,683 milhões de pessoas – empregados do setor privado sem carteira assinada; os trabalhadores domésticos sem carteira assinada e os trabalhadores por conta própria sem CNPJ; os empregadores sem CNPJ e o trabalhador familiar auxiliar;

– Como consequência, a proporção de trabalhadores ocupados contribuindo para a Previdência Social caiu a 62,8% no trimestre encerrado em julho/2019 – considerado o menor patamar desde 2013.

Maiores detalhes encontram-se a seguir:

“No trimestre encerrado em julho de 2019, a taxa de desocupação (11,8%) recuou 0,6 pontos percentuais (p.p.) em relação ao trimestre de fevereiro a abril de 2019 (12,5%) e caiu 0,5 p.p. na comparação com o mesmo trimestre de 2018 (12,3%).

A população desocupada (12,6 milhões de pessoas) recuou 4,6% (menos 609 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e ficou estatisticamente estável em relação a igual período de 2018 (12,8 milhões).

A população ocupada (93,6 milhões de pessoas) cresceu em ambas as comparações e é a maior da série: 1,3% (mais 1.219 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e 2,4% (mais 2.218 mil pessoas) na comparação como o mesmo período de 2018.

A população fora da força de trabalho (64,8 milhões de pessoas) permaneceu estável tanto na comparação com o trimestre anterior quanto na comparação com o mesmo período do ano anterior.

A taxa composta de subutilização da força de trabalho (24,6%) caiu 0,4 p.p em relação ao trimestre anterior (24,9%) e manteve-se estável frente ao mesmo período de 2018 (24,4%).

A população subutilizada (28,1 milhões) não teve variação significativa frente ao trimestre anterior e subiu 2,6% (mais 703 mil pessoas) frente ao mesmo tri de 2018.

O número de pessoas desalentadas (4,8 milhões) não mostrou variação significativa em ambas as comparações. O percentual de pessoas desalentadas em relação à população na força de trabalho ou desalentada foi de 4,4%, repetindo o recorde da série e mantendo estabilidade em ambas as comparações.

O número de empregados no setor privado com carteira assinada (exclusive trabalhadores domésticos) foi de 33,1 milhões de pessoas, ficando estável em ambas as comparações. Por outro lado, o número de empregados sem carteira assinada (11,7 milhões de pessoas) atingiu novo recorde, subindo em ambas as comparações: 3,9% (mais 441 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e 5,6% (mais 619 mil pessoas) em relação ao mesmo trimestre de 2018.

O número de trabalhadores por conta própria (24,2 milhões) bateu novo recorde da série histórica e subiu nas duas comparações: 1,4% (mais 343 mil pessoas)

frente ao trimestre anterior e 5,2% (mais 1,2 milhão de pessoas) frente ao mesmo período de 2018.

O rendimento médio real habitual (R$ 2.286) caiu 1,0% frente ao trimestre anterior e não teve variação significativa frente ao mesmo trimestre de 2018. Já a massa de rendimento real habitual (R$ 208,6 bilhões) ficou estável em relação ao trimestre anterior e cresceu 2,2% (mais R$ 4,5 bilhões) frente ao mesmo período de 2018.

Taxa de Desocupação – Brasil – 2012/2019

A taxa de desocupação foi estimada em 11,8% no trimestre móvel de maio a julho de 2019 e caiu 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre de fevereiro a abril de 2019 (12,5%). Na comparação com o mesmo trimestre móvel de 2018, quando a taxa foi estimada em 12,3%, também houve queda (-0,5 p.p.).

No trimestre de maio a julho de 2019, havia aproximadamente 12,6 milhões de pessoas desocupadas no Brasil. Este contingente recuou 4,6% (menos 609 mil pessoas) frente ao trimestre de fevereiro a abril de 2019, quando a desocupação foi estimada em 13,2 milhões de pessoas. No confronto com igual trimestre do ano anterior, quando havia 12,8 milhões de pessoas desocupadas, esta estimativa ficou estável.

A taxa composta de subutilização da força de trabalho foi estimada em 24,6% no trimestre móvel de maio a julho de 2019, com queda de 0,4 p.p. em relação ao trimestre de fevereiro a abril de 2019 (24,9%). Na comparação com o mesmo trimestre móvel do ano anterior, quando a taxa foi de 24,4%, houve estabilidade.

Taxa Composta de subutilização – trimestres de maio a julho – 2012/2019 Brasil (%)

O número de pessoas subutilizadas no Brasil chegou a 28,1 milhões no trimestre de maio a julho de 2019, sem mostrar variação significativa frente ao trimestre anterior. No confronto com igual trimestre de 2018, esta estimativa cresceu 2,6%, ou mais 703 mil pessoas subutilizadas.

O número de pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas chegou a cerca de 7,3 milhões no trimestre de maio a julho de 2019, um recorde dessa série histórica comparável. Houve um aumento de 4,8% em relação ao trimestre anterior (mais 337 mil subocupados). Em relação ao mesmo trimestre de 2018 houve uma alta de 12,4% (mais 810 mil pessoas subocupadas).

O contingente na força de trabalho potencial, no trimestre de maio a julho de 2019, foi estimado em 8,2 milhões de pessoas e permaneceu estável em ambas as comparações, sendo também o maior dessa série comparável.

O contingente fora da força de trabalho, no trimestre de maio a julho de 2019 chegou a 64,8 milhões de pessoas, com estabilidade em ambas as comparações.

O contingente de pessoas desalentadas foi estimado 4,8 milhões no trimestre de maio a julho de 2019 com estabilidade em ambas as comparações. Já o percentual de pessoas desalentadas em relação à população na força de trabalho ou desalentada foi estimado em 4,4% e repetiu o recorde da série histórica, ficando estável em ambas as comparações.

A força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas), no trimestre de maio a julho de 2019, foi estimada em 106,2 milhões de pessoas e é a maior da série histórica. Esta população apresentou um aumento de 610 mil pessoas (0,6%) comparada com o trimestre anterior. Frente ao mesmo trimestre de 2018, houve alta de 1,9% (mais 2,0 milhões de pessoas).

A população ocupada foi estimada em aproximadamente 93,6 milhões e é a maior da série. Houve aumentos em ambas as comparações: de 1,3% (mais 1.219 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e de 2,4% (mais 2.218 mil pessoas) contra o mesmo trimestre de 2018.

O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) chegou a 54,7% no trimestre de maio a julho de 2019 e cresceu em ambas as comparações: 0,6 p.p. frente ao trimestre anterior e 0,8 p.p. comparado ao mesmo trimestre de 2018.

O contingente de empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada (exclusive trabalhadores domésticos) foi estimado em 33,1 milhões de pessoas e ficou estável em ambas as comparações.

Já o número de empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada (11,7 milhões de pessoas) atingiu novo recorde e cresceu em ambas as comparações: 3,9% (mais 441 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e 5,6% (mais 619 mil pessoas) em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

O contingente de trabalhadores por conta própria chegou a 24,2 milhões de pessoas é o maior da série histórica. Houve crescimento em ambas as comparações: 1,4% (mais 343 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e 5,2% (mais 1,2 milhão de pessoas) em relação ao mesmo trimestre de 2018.

A categoria dos empregadores foi de 4,3 milhões de pessoas, sem variações significativas em ambas as comparações.

O número de trabalhadores domésticos, estimado em 6,3 milhões de pessoas, cresceu 2,2% em relação ao trimestre anterior e ficou estável frente ao mesmo trimestre de 2018.

O grupo dos empregados no setor público (inclusive servidores estatutários e militares), estimado em 11,7 milhões de pessoas, cresceu 2,2% frente ao trimestre anterior. Na comparação com o mesmo trimestre de 2018, não houve variação estatisticamente significativa.

O rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos pelas pessoas ocupadas foi estimado em R$ 2.286 no trimestre de abril a junho de 2019, com queda de 1,0% frente ao trimestre anterior e estabilidade em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

A massa de rendimento real habitualmente recebido em todos os trabalhos pelas pessoas ocupadas foi estimada, para o trimestre móvel de maio a julho de 2019, em R$ 208,6 bilhões de reais. Houve estabilidade em relação ao trimestre anterior e alta de 2,2% frente ao mesmo trimestre de 2019, o que representa um acréscimo de R$ 4,5 bilhões na massa de rendimentos.

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