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Até a segunda quinzena de março, antevéspera do início da campanha eleitoral, as oposições se encontra­vam perdidas, sem bandeiras con­vincentes diante da alta popularidade da presidenta Dilma Roussef, mais de 40% de intenções de voto nas pes­quisas eleitorais.

 

Os institutos de pesquisa, no entanto, se encarregaram de detectar mudan­ças de comportamento do eleitorado. Ao revelar queda acentuada na po­pularidade da presidente Dilma Rous­seff, nada menos do que sete pontos percentuais, de 43% para 36%, esses institutos ofereceram aos oposicio­nistas a pólvora que faltava para ten­tar incendiar a sucessão presidencial. As causas da queda de popularidade e do aumento dos índices de rejeição do governo Dilma serviram para rea­cender o ânimo dos oposicionistas e mostrar-lhes que o eleitorado cativo do PT ainda situa-se em camadas pobres da população, beneficiárias do Bolsa Família e outros programas chamados “sociais”.

O candidato Aécio Neves intensifi­cou sua atuação para que cheguem a bom termo as apurações no Con­gresso Nacional dos escândalos na Petrobras. Concentra esforços na apuração das responsabilidades pela misteriosa, desastrosa e desastrada compra de uma refinaria sucateada nos Estados Unidos.

Esta compra, viabilizada pela Pe­trobras em 2006 foi denunciada por uma reportagem da Revista Veja na sua edição de dezembro de 2012, que detectou, há mais de um ano, estar o TCU apurando o caso, um ne­gócio do arco da velha que acarretou à empresa um prejuízio de mais de US$ 1 bilhão. Mas, como se vê, as apurações do TCU, em mais de 14 meses, pouco ou quase nada pros­peraram.

Maior esatatal brasileira de todos os tempos, maior mesmo que o Banco do Brasil, Caixa Econõmica Federal, BNDES e Eletrobrás, a Petrobras sempre foi orgulho do povo barasilei­ro, desde quando foi criada por Ge­tulio Vargas, em 1952. Ultimamente, a partir do início do governo Lula, a empresa vem sendo acusada pelas oposições de ter se tornado instru­mento eleitoreiro, cabide de emprego e antro de corrupção. E já foi objeto de uma CPI há alguns anos. CPI esta que, abortada pelo governo, não che­gou a lugar nenhum.

Com o noticiário da imprensa, rela­tando novos episódios envolvendo a administração petista da Petrobras, o escândalo da compra da refinaria de Passadena, no Texas, por US$1,18 bilhão, dois anos depois de ter custa­do aos vendedores belgas nada me­nos do que US$ 42 milhões, começa a refletir-se na opinição pública, ba­sicamente na classe média brasileira, avessa por tradição a corrupçao na administração pública do país.

Onde é que entra a presidente Dilma Rousseff nesta história? E por que o escândalo afeta a sua popularida­de? Ela estaria seguindo o exemplo de Lula, que sempre disse que não sabia de nada do mensalão? Por que a presidenta Dilma Rousseff, então ministra-chefe da Casa Civil, como presidente do Conselho de Ad­ministração da Petrobras, apôs sua assinatura no documento do Conse­lho que aprovou a desastrada ope­ração, sem o ler? Como é que ela conseguiu assinar um documento sem conhecer o seu conteúdo, ba­seada apenas em um resumo, como alegou o Palácio do Planalto? Não é estranho?

Será que uma CPI no Senado vai ter o mesmo destino de outra anterior, sabendo-se que outro escândalo, o da construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, é tão esca­broso quanto o de Pasadena?

O noticiário da imprensa, a pressão da opinião públical e a tentativa das oposições de buscar a verdade dos fatos, podem influir nos rumos das apurações e abrir espaço para se tentar mandar para a cadeia (o que é certamente improvável) os envolvidos neste escabroso episódio que, mais uma vez, envergonha nosso país pe­rante a opinião publica mundial? Po­der, podem. Basta que os políticos com vergonha na cara tenham ânimo para apurar tudo, doa a quem doer, apesar das resistências do PT.

Pergunta-se: quem vai ressarcir a Pe­trobras dos prejuízos sofridos com a realização deste escandaloso negó­cio? Os que aprovaram a compra? Os documentos comprovam que foram a presidenta Dilma Rousseff, os membros do Conselho de Admi­nistração e os diretores da Petrobras na época. Serão eles condenados a ter que pagar a conta bilionária, inclu­sive a então presidente do Conselho de Administração da Petrobras, Dil­ma Rousseff? Posso responder com quase certeza: não vão pagar nada e continuarão impunes, ficando mesmo os prejuízos para os acionistas da Petrobras.

E na campanha eleitoral, como a pre­sidente vai explicar à opinião pública que assinou o documento de compra da refinaria, sem ler os seus termos, baseando-se apenas em um resumo feito pelo então diretor da área in­ternacional da Petrobras, chamado Nestor Cerveró? Certamente deve­rá explicar com a maior tranquilida­de, como se não tivesse acontecido nada. Nada de irregular.

E os novos escândalos que estão vin­do à tona na Petrobras, como o superfaturamento nas obras da refi­naria Abreu e Lima em Pernanbuco, como ficam? Ficam por isso mesmo e pronto. O Brasil é a pátria da impu­nidade.

Acresça-se aos escândalos a reto­mada da inflação, o crescimento da violência no país, a alta carga tributá­ria, as crise energética, na saúde, na segurança pública, na educação, no transporte coletivo, no abastecimento de água em alguns estados e muitos outros fatos novos que estão contri­buindo para o desgaste do goverr­no perante a opinião pública, hoje sustentado em boa parte pelo Bolsa Família.

Por fim, cabe assinalar que uma ex­pectativa inquietante já começa a preocupar o governo: a ameaça de novas manifestações populares gi­gantescas contra o “status quo” exis­tente, previstas para ocorrer durante a Copa do Mundo de Futebol em junho. Vamos esperar para ver até quando vai durar o inferno astral em que se mergulhou a presidenta Dilma Rousseff e o seu partido.

 

Só o tempo o dirá.

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