COPOM mantém taxa de juros Selic em 13,75% ao ano pela sexta vez seguida – Análises e comentários
COPOM mantém taxa de juros Selic em 13,75% ao ano pela sexta vez seguida – Análises e comentários
COPOM mantém taxa de juros Selic em 13,75% ao ano pela sexta vez seguida – Análises e comentários

1 – Decisão foi tomada com base em dados, não em datas*

“Em comunicado com o título ‘Decisão com base em dados, não em datas’ a Selic foi mantida em 13,75%, em razão da permanência da desancoragem da inflação, do desvio em relação à meta da projeção no cenário de referência e da necessidade de consolidação do processo de desinflação. O Copom adotou um tom hawkish (elevação de juros e contração monetária) ao sinalizar que segue vigilante, com a estratégia de manutenção da taxa Selic, buscando assegurar a convergência da inflação. 

Uma diminuição pode ocorrer na descrição do balanço de riscos e na possível supressão da menção referente à possibilidade de voltar a elevar os juros. Essa exclusão, decorreria do fato que as expectativas de inflação entre os anos de 2024 e 2026 se estabilizaram nas últimas semanas, da eliminação do “risco de cauda” de uma trajetória explosiva da relação dívida/PIB devido ao novo arcabouço fiscal e da melhora, ainda que lenta, dos indicadores recentes de inflação.

A projeção de inflação para 2024 no cenário de referência não apresentou variação relevante com relação aos 3,6% último comunicado. Vale destacar, a deterioração adicional das expectativas de inflação, ainda que em menor magnitude do que no período anterior. 

Qual foi o recado da ata do BC? 

Na ata do BC, o Copom reconhece a continuidade do processo de desinflação e uma abertura positiva das últimas divulgações, mas ressalta a permanência em patamar acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta de inflação e a necessidade de se observar os próximos números, para confirmar se o processo de desinflação seguirá em velocidade adequada.

A sinalização continua sendo de estabilidade da Selic, mas tem ênfase no alerta sobre a desancoragem das expectativas. Nesse sentido, o tom geral do Comitê permaneceu duro, mesmo admitindo algumas indicações positivas, tendo como objetivo o firme propósito de promover a ancoragem das expectativas.

O ciclo de queda da Selic começará quando? 

Na minha percepção, o ciclo de relaxamento monetário deve se iniciar apenas em agosto, com a Selic atingindo os 11,50% no fim de 2023 e 9,5% no encerramento do ciclo. 

Ao longo dos próximos meses, é importante acompanhar a tramitação no Congresso do projeto do arcabouço fiscal e quais medidas serão tomadas para se chegar a um resultado primário equilibrado em 2024, o que poderia contribuir não só para uma queda adicional dos prêmios de risco, como também para um melhor comportamento das expectativas de inflação. A propósito, a definição das metas de inflação pelo CMN é fundamental para que haja um processo de ancoragem das expectativas, o que abriria espaço para o início do processo de queda da Selic. Cabe ressaltar que a Área de Estratégia da Warren Rena já tinha, no começo do ano, uma visão mais otimista com relação à trajetória da taxa de câmbio. Consideramos que há espaço adicional para a valorização do BRL, o que contribuiria para um movimento mais rápido e intenso de desinflação e para o recuo das expectativas de inflação.

O arcabouço impactou a decisão do Copom? 

Sem dúvidas. É quase unanimidade entre os economistas que analisaram o arcabouço que, a regra só se sustenta, se o governo ampliar a arrecadação de forma considerável e consistente. Na contramão, o mesmo governo promete não aumentar impostos, o que torna o cumprimento do arcabouço mais desafiador. No comunicado do Copom, houve um aceno reconhecendo a medida como positiva, mas sem relação direta com a condução da política monetária.

Temos que lembrar que, o próprio presidente do BC, Roberto Campos Neto, tem adotado um tom elogioso para a proposta fiscal apresentada pelo governo, mas isso, por si só, não é suficiente para que os juros comecem a cair em um curto prazo.

É o momento de baixar os juros da taxa Selic? 

Se faz necessário um debate técnico a respeito do assunto. As falas agressivas entre Lula e Campos Neto dificultam um otimismo nesse sentido.

O mais importante nesse debate dos juros é o custo efetivo do crédito para pessoa física financiar o seu consumo e para a pessoa jurídica financiar ou seu capital de giro ou os seus investimentos em expansão, modernização e novas instalações.

Desde o início do governo atual, esse debate tem ficado à margem de todo esse debate político sobre a Selic. É claro que a Selic tem sim uma grande importância, principalmente, no financiamento da dívida pública e no custo das despesas financeiras do governo.

Porém, o mais importante para o crescimento do setor privado da economia é o custo real do crédito. É sobre esse aspecto que deveria gerar o debate. Por que, com a Selic a 13,75% ao ano, tem taxas muito mais altas de crédito efetivo para as empresas e para o consumidor?

Em resumo, isso só vai conseguir ser reduzido com o aumento da competição, a diversificação do sistema financeiro – hoje, poucas instituições controlam praticamente todos os ativos financeiros do País – e com a redução da cunha fiscal do setor.

Quais setores mais prejudicados com a manutenção da taxa de juros e quais mais beneficiados? 

Beneficiados

– Bancos

Uma vez que os juros baixos propiciaram maior oferta de crédito e mais competitividade para o setor, os bancos podem se beneficiar de um ciclo de alta da Selic

Isso acontece porque o movimento esperado diante de juros maiores é o contrário: crescerá também o nível de risco na concessão de empréstimos e financiamentos, o que impacta diretamente em um prêmio maior para remunerar as instituições credoras.

– Exportadores

A alta dos juros causa uma atividade econômica menos aquecida, com empresas investindo e produzindo menos, e famílias diminuindo o consumo. Neste cenário, empresas ligadas ao setor exportador tendem a se mostrar mais resilientes do que aquelas companhias mais dependentes do mercado doméstico. Ou seja, empresas de proteína animal, papel e celulose, commodities como o petróleo e o minério de ferro podem seguir avançando.

Prejudicados

– Imobiliário

As empresas do setor imobiliário tendem a ser impactadas, pois os financiamentos imobiliários consistem em linhas de crédito que são ajustadas mais rapidamente diante de aumentos na Selic. Dessa forma, a alta pode reduzir o apetite para a tomada de novos financiamentos, assim como aumentar o grau de inadimplência entre aqueles que já têm contratos. 

Nada que se compare com os números do passado, é verdade, mas é um ponto de atenção. O mercado imobiliário vem de um ano histórico muito forte, com as taxas de juros em patamares historicamente baixos. Mas, à medida que os juros vão subindo, o preço vai aumentando pro consumidor, que pode acabar comprando menos.

– Varejo

As varejistas também sofrem com juros mais elevados, pois estes se tornam um incentivo para a realocação de renda das famílias, que optam por reduzir o consumo para aumentar a segurança financeira.

Além disso, juros mais altos impactam no aumento das despesas dos consumidores com crédito e, portanto, aumentam o endividamento e reduzem a renda disponível para realizar outros gastos. 

Dessa forma, a alta na Selic pode prejudicar o volume de vendas e as receitas de companhias do varejo, como redes de supermercados, vestuário, calçados e bens de consumo duráveis.

O dólar fica mais atrativo?

Não concordo com as aplicações dolarizadas na carteira do investidor local. Afinal, o que o cenário tem nos mostrado é uma tendência de queda da moeda americana em relação ao real. 

Temos que lembrar que o dólar fez o seu pico em setembro do ano passado e desde então já caiu cerca de 10%, dada a atividade mais fraca por causa dos juros mais altos para controlar a inflação, acredito que as oportunidades de crescimento estão fora dos Estados Unidos porque nos últimos anos a economia performou muito bem, mérito deles, mas neste ano deve ficar em 1%, com o resto do mundo crescendo mais.

Estimo que o processo de enfraquecimento da moeda americana dure de dois a três anos, embora não seja um “movimento em linha reta”. Nesse ciclo de revisão do jogo de forças econômicas, o real tende a acompanhar uma cesta de moedas globais.

Quais setores da bolsa devem se beneficiar?

Há dois setores que se beneficiam da alta dos juros e podem se tornar opções interessantes para o investidor de ações que quer driblar o aperto monetário: os bancos e as seguradoras.

Em relação aos bancos, quanto maior o juro, mais as instituições ganham nos empréstimos que concedem a seus clientes.

Mas há um ponto de alerta para os investidores. O dinheiro que os bancos emprestam não surge do nada. Em geral, trata-se de um recurso que a instituição financeira tomou emprestado de outra instituição financeira, a juros menores, para poder emprestar a juros maiores ao cliente.

Para as seguradoras, o cenário é mais ‘tranquilo’. As companhias desse setor ganham com os juros altos na hora que vão fazer a gestão do dinheiro que arrecadam todos os meses com os clientes que contratam seus seguros.Como o grande custo das seguradoras só ocorre quando o cliente aciona o seguro, no chamado “sinistro”, as empresas aproveitam o dinheiro do prêmio para fazê-lo render enquanto está parado.

A seguradora, então, aplica o recurso em títulos de renda fixa e, portanto, gera mais dinheiro quando a Selic está em alta”.

*Texto de autoria de Luiz Felipe Bazzo. CEO do transferbank, uma das 15 maiores corretoras de câmbio do Brasil. O executivo também já trabalhou em multinacionais como Volvo Group e BHS. Além disso, criou startups de diferentes iniciativas e mercados tendo atuado no Founder Institute, incubadora de empresas americanas com sede no Vale do Silício. O executivo morou e estudou na Noruega e México e formou-se em administração de empresas pela FAE Centro Universitário, de Curitiba (PR), e pós-graduado em finanças empresariais pela Universidade Positivo.

FIEMG e a decisa?o do Banco Central sobre taxa de juros
FIEMG e a decisa?o do Banco Central sobre taxa de juros

2 – FIEMG e a decisão do Banco Central sobre taxa de juros 

A FIEMG viu com preocupação a manutenção da taxa de juros em patamar elevado (13,75%), anunciada no dia 03/05 pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), tendo em vista as consequências negativas para a atividade econômica brasileira. As taxas de juros elevadas podem dificultar o acesso das empresas ao crédito e inibir investimentos, comprometendo o bem-estar da população e o progresso do país.

Para garantir um ambiente mais favorável ao desenvolvimento econômico, é fundamental o estabelecimento de um arcabouço fiscal que ajude a ancorar as expectativas e reduzir os prêmios de risco. Além disso, é necessária a promoção de reformas que aumentem a eficiência dos gastos do governo e auxiliem na diminuição da inflação e das taxas de juros de médio e longo prazos. Apenas dessa forma será possível alcançar um crescimento econômico sustentável e duradouro do país.

CIESP

3 – “É preciso acreditar nos indicadores do mercado”, alerta presidente da CIESP

Ao comentar a reunião do Copom sobre a Selic, encerrada em 3/05), Rafael Cervone, presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP), salientou que há uma contradição entre os próprios indicadores colhidos no meio empresarial e setor financeiro pelo Banco Central e a manutenção da taxa básica em seu patamar mais alto nos últimos seis anos. “Pela quinta semana consecutiva, a estimativa para o IPCA em 2023 avançou de 6,04% para 6,05%, bem acima da meta de 4,7%, conforme dados do Boletim Focus divulgado na terça-feira (2/05) pela instituição, que contém as expectativas do mercado. Ou seja, fica muito claro que os juros estratosféricos não têm sido eficazes para conter a inflação”, pondera.

O líder industrial lembra que, além das sinalizações do Boletim Focus, os setores produtivos têm explicitado a dificuldade gerada pela Selic, que vem se mantendo em 13,75% ano, para financiamentos, créditos para capital de giro e consumo. “Temos hoje a taxa real de juros mais alta do mundo, que é uma trava para a economia, puxando o PIB para baixo”. Entre os países que, na América Latina, adotam o regime de meta de inflação, todos têm inflação maior e juros menores do que o Brasil. Só para mencionar alguns, Colômbia, Chile, México e Peru. E todos têm crescido mais do que o Brasil.

Para Cervone, os juros altos (que também aumentam a dívida pública), o rombo fiscal, o baixo crescimento e a inflação retroalimentam-se, criando um círculo vicioso no qual o País vem patinando há muitos anos. “Por isso, precisamos, com urgência, equacionar nossa economia com uma visão integrada e ampla, reequilibrando os juros e o câmbio e realizando as reformas tributária e administrativa, que darão ao País uma nova perspectiva de prosperidade, com impostos menores e um Estado menos oneroso e mais eficiente no atendimento à sociedade”.

Concluindo, o presidente do CIESP afirma: “Para o êxito nesses propósitos, não pode haver rixas políticas. As autoridades precisam pensar de modo coeso no bem do Brasil e dos brasileiros”.

Selic deve encerrar o ano a 12,50%, segundo economistas da ANBIMA

4 – Selic deve encerrar o ano a 12,50%, segundo economistas da ANBIMA 

Grupo Consultivo Macroeconômico da Associação projeta o início do ciclo de queda dos juros para setembro diante da recente melhora gradual da inflação
 

A Selic deve encerrar o ano a 12,50%, de acordo com o Grupo Consultivo Macroeconômico da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), ante uma projeção de 12,75% anteriormente. Os economistas preveem o início do ciclo de queda dos juros para setembro diante da recente melhora gradual da inflação.


Há consenso no grupo de que o Banco Central não reduzirá os juros antes da reunião do Conselho Monetário Nacional em junho, quando será decidida a meta de inflação dos próximos anos. 


Apesar da percepção mais positiva para a trajetória da inflação de curto prazo, a previsão para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de 2023 subiu de 5,8% para 6,1%. Na visão dos economistas, a convergência das expectativas de inflação para patamares mais baixos só deverá ocorrer em meados do próximo semestre, quando a atividade econômica estará desacelerando. 


Na análise do cenário externo, o grupo acredita que o Fed (Federal Reserve), o banco central norte-americano, deverá elevar a taxa de juros na reunião de hoje e encerrar o ciclo de alta. A expectativa é de que o aperto nas condições de crédito se reflita na atividade nos próximos meses, com efeito no emprego e no segmento de serviços. 

O debate sobre política fiscal foi centrado no arcabouço anunciado pelo governo federal, com o reconhecimento do colegiado de que a existência do plano reduz o risco de cauda, refletido nos preços dos ativos desde o início do ano, quando havia grande incerteza quanto ao substituto do teto de gastos. Ainda assim, há muitas dúvidas em relação às perspectivas para as contas públicas, com o grupo indicando como maior desafio assegurar um nível de receitas que torne factível essas medidas.

Em relação ao câmbio, o colegiado reduziu a estimativa para o final deste ano de R$ 5,25 para R$ 5,20, o que corresponderia a uma valorização de 6,8% do real em 2023. A recente apreciação da moeda doméstica, na avaliação do grupo macro, é resultado da divulgação do arcabouço fiscal e da expectativa de safra recorde em um momento de recuperação da economia chinesa, além do próprio enfraquecimento do dólar no mercado internacional.
 

O grupo manteve a projeção para o PIB (Produto Interno Bruto) de 2023 em 0,90%, reconhecendo que houve uma surpresa positiva no início do ano liderada pelo setor agrícola e o consumo das famílias, mas prevendo uma perda de dinamismo nos próximos meses.  

A ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) representa mais de 295 instituições de diversos segmentos. Dentre seus associados, estão bancos comerciais, múltiplos e de investimento, asset managements, corretoras, distribuidoras de valores mobiliários e consultores de investimento. Ao longo de sua história, a Associação construiu um modelo de atuação inovador, exercendo atividades de representação dos interesses do setor; de regulação e supervisão voluntária e privada de seus mercados; de distribuição de informações que contribuam para o crescimento sustentável dos mercados financeiro e de capitais; e de educação para profissionais de mercado, investidores e sociedade em geral.

Taxa de juros deve ter ciclo de baixa nos pro?ximos meses, analisa ex-presidente do BC, Gustavo Franco, em evento do Instituto Millenium

5 – Taxa de juros deve ter ciclo de baixa nos próximos meses, analisa ex-presidente do BC, Gustavo Franco, em evento do Instituto Millenium

Declaração foi feita durante primeiro debate presencial do think tank do ano; segundo terá como tema inteligência artificial

Durante evento organizado pelo Instituto Millenium no dia 2 de maio último, em São Paulo, o ex-presidente do Banco Central, Gustavo Franco, indicou que a Selic (taxa básica de juros) deve começar um ciclo de baixa nos próximos meses e deve caminhar para o juro neutro, que é aquele positivo para a economia e que não desacelera a inflação.

“Vamos ver como será o ciclo de baixa agora, vai começar sei lá daqui quantas reuniões. Tem uma que vai terminar na quarta-feira dia 3 de maio, vamos ver”, disse Franco, quando se referiu à reunião do Comitê de Política Monetária, que está acontecendo desde terça (2), em Brasília, e acaba nesta quarta. “[A taxa de juros] vai seguramente cair e convergir para uma coisa que é o juro neutro”, completou o ex-presidente do BC durante masterclass proferida por ele sobre o “Futuro da Economia Brasileira”.

Ainda durante a apresentação, o economista e socio-fundador da Rio Bravo Investimentos afirmou que o Brasil “vai convergir para uma taxa de juros no futuro que não é 2%, mas não é 13%”. A previsão do mercado para a reunião desta quarta-feira é que a Selic fique no patamar de 13,75% ao ano.

Durante a pandemia, na avaliação do ex-presidente do Conselho de Governança do Instituto Millenium, o Banco Central reduziu os juros mais do que qualquer pessoa poderia pensar, e subiu mais do que se esperava quando retornou ao patamar de alta.

O evento foi realizado pelo Millenium no auditório da faculdade Ibmec na capital paulista. A iniciativa foi a primeira de uma série de encontros que o Instituto deve promover com especialistas, autoridades e lideranças de diferentes áreas para promover debates sobre os desafios do país. O próximo tema a será debatido pelo instituto será inteligência artificial.

“Existe essa falta de ter grande intelectuais públicos brasileiros dando aulas para o Brasil. Com a parceria com o IBMEC, nossa expectativa é promover discussões importantes para o desenvolvimento nas principais capitais, como São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Rio de Janeiro”, afirmou o diretor executivo do Instituto Millenium, Diogo Costa.

O Instituto Millenium é uma associação civil sem fins lucrativos e sem vinculação político-partidária, reconhecido por defender interesses públicos e, principalmente, valores e princípios democráticos que pautam o desenvolvimento do país. Com um quadro de formadores de opinião e influenciadores, o think tank proporciona um espaço de debate para encontrar soluções para os problemas econômicos e sociais do Brasil.

Especialistas do mercado financeiro comentam a decisa?o do Banco Central de manter a Selic em 13,75%

6 – Especialistas do mercado financeiro comentam a decisão do Banco Central de manter a Selic em 13,75%


A – Marianna Costa, economista-chefe do TC:

A decisão do Banco Central (BC) em manter a taxa básica de juros em 13,75% na reunião de maio não surpreendeu; e o comunicado segue a linha das comunicações anteriores do colegiado, ratificando uma postura técnica, cercada de parcimônia.

No comunicado, a autoridade monetária se certificou de enfatizar as premissas básicas da política monetária hoje adotada, que tem como objetivo primordial conduzir as expectativas de prazo mais longo para a meta de inflação. Dessa forma, a autoridade monetária traz luz aos resultados dos modelos de projeções que seguem apontando inflação resiliente e indica que os riscos associados a essa dinâmica permanecem em ambas as direções.


Nesse sentido, no entendimento do colegiado, a decisão de manter os juros no atual patamar está em linha com a estratégia adotada de fazer as expectativas de inflação convergir para a meta em um prazo mais longo. A autoridade monetária cita que é necessário paciência, reafirmando mais uma vez a postura cautelosa inerente a qualquer banco central. Ao citar que, se necessário, poderá promover novo aperto monetário, novamente o colegiado está apenas enfatizando o funcionamento do atual regime e que, se houver piora das expectativas, essa pode ser uma ação necessária.

No todo, o comunicado altera muito pouco as expectativas acerca da trajetória futura dos juros. Há uma larga expectativa de que o ciclo de afrouxamento monetário comece no terceiro trimestre do ano, e segue dependendo do comportamento dos dados e de que forma impactam a dinâmica dos preços olhando um horizonte um pouco mais à frente.
 

Por hora, tudo igual. A ata como sempre será relevante, no sentido de buscar melhor compreensão sobre a avaliação da autoridade monetária sobre o balanço de riscos observada por ela e sobre os resultados dos modelos econométricos adotados por esse BC.


B – Lucas Seixas, CEO da InvestAI:

Pela sexta vez seguida, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu por unanimidade manter a Selic em 13,75%. Como de praxe, mencionaram que não hesitarão em retomar o ciclo de alta caso o processo de desinflação não transcorra como o esperado. Porém, dessa vez, diferente dos últimos comunicados, deixaram evidente que esse é um cenário menos provável.

Outro ponto importante foi a avaliação do Comitê de que o momento requer “paciência e serenidade na condução da política monetária”. Este pode ser um indício de que talvez o processo de redução da Selic não comece na próxima reunião.


Além disso, reforçaram a necessidade de convergir as expectativas de inflação de 2024 e 2025 para o centro da meta, que hoje é de 3%. Todavia, a discussão do governo em elevar a meta de inflação para os próximos anos é um dos principais desafios para que isso se concretize, uma vez que o mercado entende ser difícil esperar que a inflação seja próxima a 3% caso a meta de inflação suba, por exemplo, para 4%.

C – Idean Alves, sócio e chefe da mesa de operações da Ação Brasil

“Na minha visão, o tom do comunicado do Copom foi bastante duro, bem mais hawkish, e mantendo a palavra quase que de lei nas últimas reuniões do Comitê: vigilância. Além disso, adotou um tom forte ao afirmar que não hesitam em retomar o ciclo de ajuste, caso vejam como necessário, já que o preocesso de desinflação é custoso. Roberto Campos Neto e todo o o time do Copom seguem vigilantes para, além de realizar o processo desinflacionário com sucesso, ancorarem a expectativa de inflação no médio prazo. 

A surpresa, na minha opinião, ficou por conta do tom da manutenção da Selic no patamar atual por mais tempo, pegando o mercado meio que na contramão, em um momento em que havia a esperança de um corte de juros no curto prazo. O Comitê caminhou no sentido contrário por entender que ainda há muito a ser feito, principalmente para ancorar as expectativas de inflação, tentando cumprir a meta de forma técnica, mas tendo que cobrar um custo alto para isso.

O Comitê entende que o processo de alinhamento de expectativas e controle de preços acontecerá de forma gradual, e mais lenta que o esperado, em razão de diversos fatores externos e internos como os bancos centrais lá fora buscando também a convergência de inflação via alta de juros, o risco bancário nos Estados Unidos, e no Brasil um novo arcabouço fiscal ainda indefinido.

O Copom sinalizou que o processo desinflacionário tende a ser mais lento em ambiente de expectativas de inflação desancoradas, e avalia que a desancoragem das expectativas de longo prazo eleva o custo da desinflação necessária para atingir as metas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional. Tudo isso torna o trabalho do Copom mais árduo, duro, e caro para a economia real, e para a população como um todo, que terá que suportar o cenário de inflação e juros altos por mais tempo.

A decisão de hoje provavelmente deixará o ânimo dos políticos a flor da pele, já que boa parte da base aliada pedia um corte de juros “de qualquer jeito”, e mais uma vez um Copom sinalizou que vai ser técnico, e que não cederá as pressões políticas”.

D – Ricardo Jorge, especialista em renda fixa e sócio da Quantzed, casa de análise e empresa de tecnologia e educação para investidores

“É verdade que nós tivemos um IPCA no mês passado melhor do que o esperado com qualitativo melhor também. A gente teve IPCA-15 também melhor do que o esperado. O qualitativo também foi bom, porém abaixo das expectativas dos próprios analistas. Mas de maneira geral, a gente teve aí 2 IPCAs, um cheio e um parcial, sendo divulgados com dados mais benéficos. 

Então, isso obviamente ajuda na condução de política monetária, mas ainda para essa reunião, já era sabido que teríamos uma manutenção na taxa. Inclusive, por conta das declarações que o Roberto Campos Neto deu no no Senado e vem se manifestando há algum tempo. Dizendo que ainda é cedo. A gente precisa de mais consistência nos dados para que a gente comece um ciclo de afrouxamento monetário.

O IPCA é o principal indicador de atividade utilizado pelo Banco Central, não é o único. Obviamente existem um conjunto de fatores que dão base para as decisões do comitê, mas é bem verdade que o IPCA segue sendo o principal indicador. Obviamente que um IPCA mais fraco corrobora para um perfil menos contracionista da condução da política monetária. 

Os dois números bons dos últimos dados de inflação trouxeram ânimo para o mercado, mas nesse momento eles ainda são insuficientes para que a gente possa fazer qualquer tipo de afirmação em termos de afrouxamento monetário, então eu acho que ainda é cedo para fazer qualquer tipo de afirmação, mas com certeza o Banco Central vai seguir observando os dados dos próximos IPCAs e aí sim, a medida em que a gente começa a ter uma consistência maior em termos de desaceleração dos preços, muito provavelmente o Banco Central vai começar com o processo de corte de juros.

O cenário que o Banco Central trabalha hoje, com a fotografia que a gente tem hoje, é de manutenção até o final do ano. Os modelos do Banco Central não confirmam qualquer possibilidade de afrouxamento monetário, seja por questões macroeconômicas, seja por questões políticas. A apresentação do arcabouço e todo esforço que o governo tem tentado fazer para trazer uma solução para a dívida pública, é um ponto positivo. Ajuda a ancorar as expectativas, mas não há uma relação mecânica entre o arcabouço fiscal e a condução de política monetária. Então, tendo isso colocado, a gente sabe que o Banco Central não vai tomar qualquer decisão em função das medidas que o Governo tem adotado. Obviamente que isso ajuda na precificação de longo prazo, mas o que o Banco Central mais olha são dados de curtíssimo prazo para tomada de decisões. Então, nesse momento o cenário é de manutenção da taxa de juros até o final do ano. 

Já o mercado está mais otimista do que o próprio Banco Central e já começa a projetar quedas a partir do segundo semestre de 2023. Agora é importante a gente relembrar que o mercado já vem num passo otimista há muito tempo. Então, à medida em que o tempo passa e que a gente vê que de fato não há uma desaceleração consistente dos níveis de preço, o mercado vai se reajustando a essa nova realidade. É muito difícil a gente afirmar quando que o Banco Central vai começar com esse afrouxamento justamente porque a gente depende de dados que vão sendo divulgados ao longo do tempo”.

E – Robson Casagrande, especialista em investimentos e sócio da GT Capital

“O mercado já esperava de que nesta reunião do Copom a taxa básica de juros deveria se manter nos patamares atuais. O mercado aguardava a apresentação do novo arcabouço fiscal para projetar os juros futuros, porém a política fiscal apresentada não é clara e, apesar de delimitar o crescimento real dos gastos primários, demonstra uma redução lenta da despesa/PIB, com um aumento considerável da carga tributária e agora este projeto precisa vencer a resistência do Legislativo. Diante destes fatos, o mercado projeta uma Selic de 13,75% para todo o ano de 2023.

Os ativos que se beneficiam com a alta da taxa Selic são os de renda fixa pós fixados, pois muitos deles estão indexados ao CDI que acompanha este movimento de alta, por exemplo, um CDB de 120% do CDI hoje está rendendo por volta de 16,38%a.a, se taxa Selic for para 14%a.a este mesmo título irá rende próximo a 16,7%a.a.

Os ativos que mais são afetados negativamente com alta da Selic são os de renda variável. Um exemplo são os Fundos Imobiliários que perdem atratividade no mercado devido a facilidade do investidor em buscar rentabilidade em ativos de menor risco e com menos volatilidade. Com a Selic a 13,75%, facilmente o investidor consegue uma rentabilidade de 1% a.a. Este percentual é muito próximo do que muitos fundos imobiliários pagam de dividendos, por este motivo muitos estão sendo negociados abaixo do seu valor patrimonial.

Muitas ações também são impactadas negativamente com este cenário de juros altos. Com um custo de capital elevado as empresas lucram menos e repassam menos dividendos para seus acionistas”.

COPOM e Fomc podem diminuir os juros na pro?xima reunia?o

7 – COPOM e Fomc podem diminuir os juros na próxima reunião?

Selic a 13,75% e EUA entre 5% e 5,25%, o controle inflacionário para as nações gera polêmica

Considerada como “Super Quarta”, os bancos centrais brasileiro e americano anunciaram ontem, 03/05, a nova taxa de juros vigente para cada país. No Brasil, a Selic foi mantida pela sexta vez consecutiva no patamar de 13,75%. Já nos EUA, o FOMC decidiu pelo aumento em 25 pontos base, levando os juros para o intervalo entre 5% a 5,25% ao ano.

Aumentar os juros em uma economia é um remédio amargo para o controle inflacionário da nação. Com juros mais altos, é mais difícil tomar crédito emprestado, consequentemente, o consumo cai, dificultando o acesso a produtos e estabilizando a economia como um todo; no entanto, diversos setores sofrem com a perda de vendas, contratos, negociações e clientes.

Tanto o Brasil quanto os Estados Unidos presenciaram inflações acima do teto limite ao longo dos últimos anos, mas, os indicadores recentes mostram certa diminuição nos preços em geral. No cenário nacional, o IPCA-15 do mês de abril ficou em 0,57%, a taxa foi inferior na comparação com o apontado em março de 2023, cerca de – 0,69%, e de abril de 2022 que fechou em – 1,73%. Na terra do Tio Sam, o índice de preços ao consumidor (CPI na sigla em inglês) fechou o mês de março em 5%, abaixo dos 6% esperado por analistas, e marcando o menor patamar nos últimos dois anos.

Para Paulo Cunha, especialista em mercados financeiros e CEO da iHUB Investimentos, o momento dos juros nas economias já era esperado. “A decisão foi unânime em relação à expectativa do mercado. Sempre em super quartas o mercado fica mais volátil, mas curiosamente essa semana foi mais fraca; não vimos os ativos oscilarem tanto, mesmo havendo quedas expressivas”, comenta.

Panorama Brasil

O cenário brasiliero segue na batalha entre governo e Banco Central. Falas de membros do executivo federal e principalmente do presidente Lula estão voltadas para a diminuição da taxa de juros no país. Já Roberto Campos Neto, presidente do BC, e membros do Copom continuam firmes na decisão sobre o atual patamar da Selic.

De acordo com o comunicado que acompanhou a decisão da taxa, o Comitê de Políticas Monetárias afirma que a conjuntura demanda paciência e serenidade na condução da economia. “O Copom enfatiza que, apesar de ser um cenário menos provável, não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado”, diz o texto.

Vale lembrar que em 21 de setembro do ano passado, o Copom interrompeu um ciclo de 12 altas seguidas na Selic, iniciado em março de 2021.

“É necessário se atentar também à curva de juros, após a decisão da Selic, vemos a curva com vencimento de juros longo, lá para 2030, 2031, cair abaixo dos 12% pela primeira vez nos últimos tempos, isso sinaliza que o mercado enxerga uma possível redução na Selic em breve. Mas vemos essa movimentação da curva de juros futuros muito mais sensível aos discursos políticos”, comenta Cunha.

Panorama EUA

Mesmo com nove quedas consecutivas no nível de inflação, no patamar dos 5% indicado no mês de abril, a situação inflacionária em terras americanas está longe de atingir a meta de 2%. Em contrapartida, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, afirmou em discurso para a imprensa, que certos fatores serão levados em consideração nas próximas decisões da entidade financeira, sinalizando que novas altas poderão ser paralisadas.

Porém, o momento não é nada favorável para a economia do país. Na última semana, mais um banco teve de ser amparado economicamente em falência. Depósitos e outros deveres do First Republic Bank foram assumidos pelo maior banco dos EUA, o JP Morgan.

Outro ponto de preocupação é a dívida que o governo norte-americano possui. Segundo Janet Yellen, secretária do Tesouro, o país poderá deixar de pagar suas dívidas até 1º de junho, caso o congresso americano não aprove um novo teto limite para a dívida. O débito atual dos EUA encontra-se no patamar de US$31,4 trilhões.

“A situação de quebra dos bancos tem sido motivo de preocupação. Há um temor de contágio da situação em relação ao sistema financeiro, isso pode acarretar numa crise de proporções macro. Nessa linha, o FED mantém o discurso mais duro para conter o problema e tentar entregar a inflação na meta”, finaliza o CEO. 

A iHUB Investimentos é uma empresa especializada em assessoria de investimentos credenciada pela XP Investimentos. Possui mais de 3,5 mil clientes, somando mais de R$1,5 bilhão em valores investidos sob custódia.

Brasil continua com a maior taxa de juros do mundo

8 – Brasil continua com a maior taxa de juros do mundo

Desaceleração da atividade econômica e encarecimento do crédito para empresas e pessoas físicas são algumas das consequências das altas taxas 

O Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros (Selic) em 13,75%, mesmo com pressão dos setores econômicos e do governo federal para a diminuição. A taxa mantém o Brasil no topo do ranking global de juros reais, acima de México, Colômbia, Chile e Filipinas, segundo levantamento da MoneYou e da Infinity Asset Management. 

Descontada a inflação esperada para os próximos 12 meses de 5,32%, segundo relatório Focus, do BC, os juros reais ficaram em 6,82%. Já nos juros nominais (sem descontar a inflação), o Brasil se manteve na segunda posição, atrás apenas da Argentina, em que a taxa é de 91%, porém a hiperinflação derruba a taxa real.

O comunicado da decisão desta quarta-feira foi mais ameno, mas não indicou a redução dos juros para a próxima reunião, em junho. Embora a inflação esteja em queda, o BC mantém a preocupação com a inflação corrente ainda elevada e a diminuição só vai ocorrer se houver um programa melhor para a estabilização das dívidas do país.

Para o especialista Fernando Lamounier, diretor de novos negócios da Multimarcas Consórcios, o cenário de juros altos é importante para conter a inflação, ainda que esteja razoavelmente controlada dentro dos padrões brasileiros, em comparação com países em realidade financeira semelhante.

“Há um consenso entre os especialistas, desde as últimas reuniões do Copom, de que há sim uma possibilidade para a redução das taxas de juros. O BC tem sido mais conservador nesse ponto, obviamente há uma visão técnica que tem que ser respeitada, mas há também uma dificuldade de crescimento econômico do país”, destaca o especialista.

A alta dos juros foi um dos principais fatores para a desaceleração da atividade econômica de 2022. No último trimestre do ano passado, o PIB diminuiu 0,2% na comparação com o trimestre anterior. Como esse nível foi mantido nos primeiros meses de 2023, a Selic continua restringindo a atividade econômica e as expectativas do Boletim Focus do BC, que indicam alta do PIB de apenas 1% em relação ao ano passado.

Além da desaceleração da atividade econômica, as taxas pesam no bolso do consumidor quando se trata de empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras. Lamounier pontua que elas encarecem o crédito para empresas e pessoas físicas, dificultam novos investimentos e também o poder de compra.

“Para o sistema de consórcio, as taxas de juros altas acabam sendo favoráveis, uma vez que deixa o produto do consórcio mais competitivo em relação ao financiamento. Porém, vale dizer que para todas as empresas e pessoas um cenário de juros alto nunca é bom e está longe de ser o ideal, pois as próprias empresas precisam investir e ter essa capacidade de realizar seus investimentos, assumir seus próprios riscos, mas sem pagar um valor desproporcional para isso”, explica o executivo.

Neste ano, o setor de consórcios contabilizou cerca de 1 milhão de novas cotas, totalizando R$ 68,95 bilhões de negócios, crescimento de 4,8% em relação ao mesmo período do ano passado. As contemplações tiveram alta de 21,1% – em relação ao intervalo entre os meses de janeiro e março de 2022 – e somaram R$ 19,22 bilhões, segundo a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC).

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