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Por: Raimundo Couto

 

Nova geração do hatch eleva imagem da montadora e custa a partir de R$ 67.990 para o modelo Highline. Versão esportiva, GTI 2.0 turbo, terá preços a partir de R$ 94.990

 

Os primeiros Golf que desembarcaram aqui eram da terceira geração e vinham da fábrica de Puebla, no México, e também de Wolfsburg, na Alemanha. Em 1998, a VW optou por importar a então recém-lançada quarta geração e os modelos eram embarcados exclusivamente na unidade alemã – sede da montadora. Esta carroceria fez muito sucesso e incentivou a produção local. Logo no ano seguinte ficou pronta a fábrica do Paraná, e o Golf ganhou o carimbo “Made in Brazil”, passando a ser produzido em São José dos Pinhais. Enquanto na Europa ele seguia a escalada em sua evolução natural, ganhando novos contornos, tecnologia de ponta e arrebatando prêmios, por aqui ele foi ganhando “remendos”, uma frente nova, uma lanterna na traseira diferenciada, mas nada de alterar a plataforma e motorização.

Desde que parou de receber investimentos, o Golf perdeu sua personalidade como um dos melhores produtos já fabricados pelos alemães em toda história. Vale frisar: no Brasil. Desta forma, sem mudanças desde a geração que ficou conhecida como 4,5, por ser considerada intermediária entre a quarta e a quinta, e com concorrentes de peso sendo lançados, ano após ano, o Golf ficou esquecido e as vendas começaram a cair vertiginosamente. Mesmo presente na gama de oferta de produtos do fabricante, os pedidos para compra do modelo eram raros e a rede passou a manter poucas unidades em estoque.

Agora o destino parece se repetir, pelo menos em parte. Do mesmo modo que no fim da década de 90 o Golf chegou primeiro importado para ganhar nos anos seguintes fabricação local, a atual geração do modelo, a VII está se preparando para desembarcar no Brasil e o melhor, ano que vem passa a ser nacionalizada, tal qual aconteceu no passado. Espera-se que desta vez caso siga a trajetória de sucesso que o Golf vem trilhando em seu currículo, possamos continuar na mesma toada de evolução, para não perdermos, de novo, o bonde da história.

O momento é emblemático por apontar o norte de um novo tempo na vida da VW Brasil. A partir do Golf uma nova safra de novos modelos se prepara para ganhar as ruas, o próximo é o sub-compacto Up, que promete revolucionar o mercado com seu avanço tecnológico, espaço interno e motor de 03 cilindros.

 

Valor agregado no currículo

Depois do lendário Fusca, é o Golf o carro de maior sucesso na trajetória da Volkswagen. Desde que foi lançado, em 1974, foram comercializadas quase 30 milhões de unidades. Nesta sétima geração, lançada na Europa ano passado, o modelo vem mantendo as características que o levaram a ser um fenômeno em vendas. Se, para o consumidor brasileiro, não pode haver termos de referência entre esta sétima que chega agora e a até então (e defasadíssima) geração que vinha sendo vendida aqui, comparada ao modelo anterior, o carro manteve suas linhas limpas e o visual equilibrado de acordo com o gosto de sua fiel clientela. E este desenho, por certo, irá agradar, também, o seu público que já foi mais cativo, no Brasil.

Em nosso contato por um dia com o Golf VII foi fácil perceber que o interior recebeu atenção especial do fabricante alemão. A qualidade do acabamento foi elevada a níveis inéditos, com materiais mais requintados por todo habitáculo. A marca também injetou mais tecnologia e colocou no painel uma tela sensível ao toque de 8 polegadas que comanda diversas funções do carro. Mas ela é opcional, de série uma de 5,8. Ainda comparada com a sexta geração, esta é maior, são 4,22 m de comprimento, 5,6 cm a mais que a anterior.

A altura, no entanto, foi reduzida em 2,8 cm – chegando aos 1,45 metros –, para melhor aerodinâmica. A Volkswagen afirma que a resistência ao ar foi reduzida em 10%. Tais melhorias certamente também se refletem em menor consumo de combustível – os motores conseguiram ficar 23% mais eficientes, segundo a marca. Mesmo maior, a nova plataforma modular MQB, estreada no conterrâneo Audi A3, permitiu a redução de até 100 kg no peso do Hatch com uso de materiais mais leves.

 

Andando de Golf

Em um teste drive com cerca de 150 km foi possível confirmar as potencialidades do Novo Golf. Além de conforto e design, foi o propulsor 1.4 TSI um dos pontos altos da sétima geração do Golf neste primeiro contato. Com 140 cavalos de potência e torque de 25,5 kgfm roda macio e acelera ligeiro, parte da imobilidade e atinge os 100 km/h em 8,4 segundos, de acordo com o fabricante.

Nas estradas próximas a capital da Alemanha, o pequeno propulsor não decepcionou, pelo contrário, mostrou fina sintonia com o câmbio DSG de dupla embreagem e sete velocidades, opção de transmissão que agrega custo de mais R$ 7 mil ao modelo. Se fosse possível fechar os olhos, não estaria exagerando em dizer que são quase as mesmas sensações que sentimos quando em outra oportunidade, também na Alemanha, tivemos contato com o Audi A3 Sportback. Mas nada de mera coincidência. Powertrain (motor e câmbio) e plataforma são exatamente idênticas.

Uma ressalva: o carro da VW é mais potente, são 18 cavalos a mais, comparado com a marca irmã, das quatro argolas. Em resumo, definir em duas palavras o Golf as escolhidas seriam equilíbrio e eficiência. Estável, as mudanças de direção e tomadas de curva são precisas, com respostas prontas e muita segurança. Isolamento acústico irrepreensível e motor funcionando suave. Sem arroubos, o Golf acelera bem, mas é bom, também, para rodar em velocidades mais baixas, as percepções do ajuste fino são notadas facilmente. Quando comparados, A3 e Golf VII, o fiel da balança vai pesar no quesito preço. Como convencer o consumidor a levar para garagem a tradição da marca Audi, se ele pode, por uma diferença que daria para comprar um Gol (cerca de R$ 30 mil), adquirir a praticidade de ter um VW, mas com a mesma tecnologia do Audi? Será esta uma árdua missão para os vendedores. Os dois serão fabricados na mesma planta, no Paraná, ano que vem.

 

Equipamentos e outras bossas

Entre os itens de série, o Golf Highline terá ar-condicionado digital com duas zonas, freios ABS com distribuição de frenagem (EBD), sistema start-stop, controles de estabilidade (ESP) e de tração (ASR), Cruise Control adaptativo (ACC), Dynamic Light Assist (DLA) – sistema que analisa o tráfego à frente e atrás por meio de uma câmera no para-brisa, rádio CD Player com tela de 5,8 polegadas sensível ao toque (opcional de 8 polegadas) e sete airbags (dois frontais, dois laterais dianteiros, dois do tipo cortina e um de joelho para o motorista). As rodas de liga leve de 16 polegadas são calçadas com pneus de medida 205/55.

Quanto aos números de desempenho, a VW declara aceleração de 0 a 100 km/h em 8,4 segundos e velocidade máxima de 212 km/h. A versão esportiva GTI, segundo o fabricante é a de maior potente em toda trajetória do Golf, com o motor 2.0 TSI, equipado com turbocompressor. De acordo com informação oficial, a potência oferecida pelo bloco é de 220 cv, entre 4.500 rpm e 6.200 rpm, e torque máximo de 35,7 mkgf, entre 1.500 rpm e 4.600 rpm.

Além de todos os equipamentos da versão anterior, ele traz algumas exclusividades típicas de uma versão esportiva, incluindo bancos do tipo concha com estampa xadrez, volante esportivo com base achatada (existente na antiga versão GTI), revestimento interno com costuras vermelhas, pedaleiras de aço escovado, grade frontal com filete vermelho e para-choques esportivos. As rodas de liga leve têm 17 polegadas e pneus 225/45. Segundo a fabricante, são necessários 6,5 segundos para o carro ir de 0 a 100 km/h e sua velocidade máxima é de 244 km/h.

O Golf VII chega, por enquanto, apenas com motorização a gasolina, pois vem da Alemanha. Ano que vem, antes de ser fabricado no Brasil pode vir da fábrica mexicana em versão de motorização flexível. Do Golf atualmente vendido no Brasil os executivos não confirmaram nem desmentiram sua continuação. Estranho é ter lugar para ele. Especulase que sua produção encerre antes do fim de novembro. A sétima geração do carro já está disponível para teste drive nas concessionárias VW.

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