O Brasil alcançou a maior produção  de  etanol da  história, com um total de  35,6  bilhões de  litros provenientes da cana-de-açúcar e do milho. Isso representa um acréscimo de 7,5% em comparação a 2018/19. A confirmação de recorde é do 4º Levantamento da safra 2019/20 de cana-de-açúcar, divulgado nesta quinta-feira (23) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O boletim mostra também que a estimativa de produção total de etanol a partir da cana-de-açúcar é de 34 bilhões de litros, um aumento de 5,1% sobre a safra passada. Já a produção total de etanol à base  de  milho mais  que  dobrou nesta safra. Saiu de  791,4  milhões  de  litros  em  2018/19  para 1,6 bilhão de litros nesta temporada.

O  etanol  anidro  da  cana-de-açúcar,  que  é  utilizado  na  mistura  com  a  gasolina,  teve  aumento  de 8,5%,  alcançando  10,1  bilhões  de  litros.  O  anidro  extraído  do  milho  alcançou  390,7  milhões  de litros,  66,8%  superior  à  temporada  passada.  O  total  de  etanol  hidratado  de  cana-de-açúcar  deve ficar em 23,9 bilhões de litros, incremento de 3,7%. Enquanto o que deriva do milho alcançará 1,25 bilhão de litros, 124,5% a mais em comparação a 2018/19.

As  condições  climáticas  verificadas  nas  principais  regiões  produtoras  favoreceram  a  produção  de cana-de-açúcar,  que  apresentou  incremento  no  seu  rendimento  médio.  Com  o  término  da  safra 2019/20, houve  a  confirmação  do  crescimento  na  produção  da  cana-de-açúcar  em  comparação  à temporada passada.  Foram mais de 642,7 milhões de toneladas colhidas, representando  aumento de 3,6% em relação a 2018/19. A área colhida ficou em 8,4 milhões de hectares. Neste caso houve uma  redução  de  1,7%.  Isso  se  deu  porque  fornecedores  que  tiveram  seus  contratos  encerrados migraram para outras culturas, além de áreas não propícias à colheita mecanizada.

O  Sudeste  manteve  a  liderança  na  produção,  com  mais  de  415  milhões  de  toneladas  colhidas, indicando  acréscimo  de  3,7%  em  comparação  a  2018/19. No  Centro-Oeste  houve  crescimento  de 1,5% na área colhida, atingindo 1,8 milhões de  hectares. Somado ao incremento na produtividade média, a produção foi 2,6% superior à safra anterior, chegando a 140,4 milhões de toneladas. No Nordeste, as condições climáticas foram mais favoráveis à cultura. Com isso, a região colheu cerca de 49,1 milhões de toneladas, representando acréscimo de 10,6%.

Houve redução de 6,7% na área colhida do Sul, principalmente nas que foram reconvertidas para a produção de grãos. O total produzido foi de 34,4 milhões de toneladas. O Norte, que é responsável por  menos  de  1%  da  produção  nacional, também  teve  sua  área  cultivada  reduzida  em  8,1%, mas concluiu a produção em 3,7 milhões de toneladas, devido ao melhor rendimento nesta safra.

Finalmente, com relação ao  açúcar,  a produção  foi de  29,8 milhões de  toneladas,  crescimento  de 2,6% em relação ao produzido na safra 2018/19.

COVID 19 – Para atender as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e também do governo  federal,  em  relação  ao  combate  à  pandemia  de  COVID-19,  excepcionalmente  para  esse estudo os levantamentos foram realizados por meios eletrônicos, como contato telefônico e e-mail, em substituição às visitas a todas as unidades de produção, que ocorrem usualmente. Contudo, isso não   comprometeu   a   qualidade   das   informações,   graças   à   expertise   da   Conab   na   coleta   de informações e à network de parceiros no setor sucroalcooleiro.

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