Civita di Bagnoregio – Coroa no topo da Itália medieval
Civita di Bagnoregio – Coroa no topo da Itália medieval
Civita di Bagnoregio – Coroa no topo da Itália medieval

Paulo Queiroga

As regiões italianas do Lazio, Umbria e Toscana se destacam pelo número de cidades e vilas medievais.

A encantadora Civita di Bagnoregio, na província de Viterbo, é um desses diademas. Encravada no topo de um morro em forma quase de uma coluna entre dois rios, ela parece coroar a paisagem e a arquitetura autêntica dos burgos medievais na Itália. Não há fotos e vídeos capazes de retratar a emoção de estar pessoalmente neste verdadeiro cenário.

A pitoresca vila tem origem há 2.500 anos, no período dos etruscos. Terremotos e deslizamentos praticamente esconderam os vestígios da antiguidade restando poucas evidências, como o antigo túnel que liga a cidade ao vale dei Calanchi.

A ponte de acesso à Civitá, com cerca de 300 metros de comprimento, foi construída em 1965 substituindo a anterior destruída pelos alemães na Segunda Guerra Mundial. Até esta época, o acesso à vila era feito por trilhas e escadarias. A ponte tem uma parte bem inclinada, mas, nada assustador. A vista que se tem já desde o mirante compensa o leve esforço da subida.

Burgo medieval

A vila que hoje vive exclusivamente do turismo e atrai milhares de visitantes por ano, tem a marca registrada da Idade Média. É preciso comprar um bilhete para entrar na cidade, além do estacionamento pago por hora no pátio de entrada da ponte. Lá não existe supermercado, farmácia, escola, hospital etc. Esses serviços são encontrados na vizinha Bagnorégio, que muitos confundem com Civita Bagnoregio. A cidade é tão exclusiva, que até mesmo os poucos moradores só podem circular com veículos de duas rodas, mesmo assim, em período de temporada de turismo, com controle de dias e horários.

Nela nasceu, no século XIII, o monge e filósofo franciscano, São Boa Ventura, um dos principais biógrafos de São Francisco de Assis, amigo e companheiro intelectual de Santo Tomás de Aquino.

Uma das atrações relativas à sua História religiosa é a Gruta de São Boa Ventura, onde se consta que São Francisco de Assis fazia ali suas orações e que, milagrosamente, teria curado o pequeno Boa Ventura de uma doença grave. O milagre teria conduzido o jovem Giovanni Fidanza, futuro monge e filósofo, à entrega de si a Deus e à igreja. Acredita-se que a gruta de São Boaventura seria uma tumba etrusca transformada em capela durante a Idade Média.

Entra-se na cidade por um grande corredor de pedra e um túnel, também de pedra, cavado no penhasco há 2500 anos pelos etruscos. É a Porta Santa Maria, assim chamada por ter sido construída próximo à igreja dedicada à Nossa Senhora.

A parte interna da cidade é um autêntico burgo medieval. São poucas ruas, forradas de pedras regulares, assim como as paredes das casas, que trazem aquela sensação de fortaleza e introspecção, amenizada pelo colorido dos jardins suspensos e pelos vasos de flores coloridas aliviando a rigidez dos degraus das escadarias.

Cada esquina é um cenário. Certo é que se conhece toda a vila em poucas horas. Em período de temporada abre-se restaurantes e lojas de souvernir. Para quem quer passar à noite, tem pequenas pousadas, algumas com vista de arregalar os olhos.

A Piazza San Donato, antigo Duomo di San Donato é o coração da cidade, onde fica uma fonte e as colunas etruscas. Nesta praça é onde também acontecem as festas tradicionais da cidade e a pequeníssima população local interage com os visitantes.

A Catedral, igreja mais importante da cidade, construída no século VIII sobre as ruínas de um templo romano, passou por diversas reformas e hoje domina a paisagem da praça com a fachada construída no século XV. Seu interior abriga um crucifixo de madeira do século XV da escola de Donatello, considerado como milagroso.

A cidade tem o triste apelido de “Cidade que morre”, ou “Cidade fantasma”. Em razão da erosão da rocha que a sustenta e os terremotos, houve sucessivas evasões da população local ao longo da História. Atualmente e, especialmente durante o inverno, a cidade fica praticamente fechada. 

Mas, mesmo com todo movimento de turistas em alta temporada, Civita di Bagnoregio não deixa contaminar a sua alma medieval italiana, que permanecerá eterna, por isso inesquecível.

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