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“Com emoção e porres de criatividade!”. Dessa forma bem-humorada, Paula Lebbos, proprietária e executiva de marketing da Cervejaria Backer, de Belo Horizonte, descreveu o clima em que são elaboradas as receitas e marcas de cervejas na empresa. Nada mais inspirador para uma equipe liderada por quem adora o rock pesado dos Rolling Stones, AC/DC, Iron Maiden e Whitesnake, mas sem deixar de lado o romantismo da banda Fleetwood Mac.

Somando-se o sentimento que a empresária coloca no seu trabalho, o profissionalismo e tecnologia do time Backer, chega-se aos premiados produtos da empresa. Fundada em 1999, ela é pioneira no segmento artesanal em Belo Horizonte, tendo sua origem numa famosa choperia de BH no final dos anos 90, a icônica Três Lobos. Junto com Paula, seus sócios Munir Khalil e Halim Lebbos.

A referência inicial foi uma pioneira entre as artesanais brasileiras, a Dado Bier, de Porto Alegre. “No início, os produtos saíam com qualidade irregular e, algumas vezes, eram literalmente jogados no ralo. Foi difícil começar a operar equipamentos de grande porte, lidar com a burocracia alfandegária para liberar fermentos im-portados e com a demora do MAPA para aprovar receitas e rótulos”, lembrou Paula Lebbos.

“Era tudo muito novo e desconhecido e isso aumentava as nossas dificuldades. A primeira brassagem, de seis mil litros, foi um desastre total, principalmente porque começamos fazendo a Pilsen, um estilo com características sutis, em que um pequeno erro na produção afeta drasticamente o resultado final”, disse.

A Backer, apesar do assédio de grandes cervejarias, optou por continuar uma empresa familiar, atuando com espírito artesanal. Nos primeiros anos, concentrava a produção em estilos “de passagem” para o mundo das cervejas especiais, atendendo consumidores que já não mais se satisfaziam com as lagers comuns da indústria mainstream.

São desse tempo e um pouco depois a Backer Pil-sen (ABV 4,8%/IBU 12), Capitão Senra (Amber Lager, ABV 5.3%/IBU 13), Medieval (Belgian Blonde Ale (ABV 6,7%/IBU 15), American Brown Ale (ABV 4,8%/IBU 12) e English Pale Ale (ABV 4,8%/IBU 17). Posteriormente, o estilo Pilsen foi diversificado com os rótulos Bohemia Pilsen (ABV 4,7%%/IBU 40) e Pilsen Export (ABV 4,8%/IBU 30).

Depois, a empresa apostou em outros estilos e bebidas mais complexas em aroma e sabor. A linha “3 Lobos Extreme” exemplifica isso com a Bravo (Imperial Porter, com ABV 9%/IBU 43), a Exterminador de Trigo (ABV 4,8%/IBU 18), a American IPA Pele Vermelha (ABV 7%/ IBU 53) e a American Pilsen (ABV 5%/IBU 32). São cervejas com variada composição de maltes e maior lupu-lagem. A tecnologia produtiva utiliza maturação em barris de umburana, temperos como capim-limão, raspas de laranja da terra e açúcar mascavo na fermentação.

Mais recentemente, o mestre-cervejeiro Sandro Duarte assumiu a “Maternidade da Cerveja” da Backer, agregando sua diversificada experiência na Ambev e Cervejaria Colorado. Outros estilos passaram a compor o mix de produtos, como a Tommy Gun (Double IPA/ABV 8,4%/IBU 68), Corleone (Imperial Red Ale, ABV 7,7%/IBU 68) e Diabolique (ABV 7,5%/IBU 52), da linha “Las Mafiosas”.

Outra receita com boa aceitação é a Julieta, uma Belgian-style fruit bier (ABV 4,8% e IBU 8) que leva na sua composição framboesa, amora, mirtilo e tamarindo.  No mesmo nível está a Reserva do Proprietário, uma Old Ale (ABV 10,5%/IBU 21) envelhecida em barris de carvalho.

A Backer continua investindo em novas receitas para atrair mais consumidores do segmento de cervejas especiais e ampliar sua participação no mercado regional, com foco maior em Minas Gerais e São Paulo, mas distribuição também em outras regiões brasileiras. A meta é diversificar e dar saltos cada vez mais altos.

Em primeira mão, Paula Lebbos revelou a esta coluna que a empresa tem planos para participar de outros mercados artesanais: o de whisky e vodka. Mais pioneirismo e novidades à vista na “Maternidade Backer”. Nada incomum para uma empresa cuja equipe é 70% composta por mulheres e participa da Pink Boots Society, entidade americana liderada pela mestre-cervejeira Teri Fahrendorf, com mais de duas mil associadas e que se dedica à educação cervejeira, voluntariado e troca de experiências na área.

A cerveja da vez: Backer Julieta

A Backer Julieta foi premiada com medalha de ouro no Festival Brasileiro da Cerveja 2016, em Blumenau, tão logo foi lançada. Seu estilo é o Belgian-Style Fruit Bier (ABV 4,8%/IBU 8), que tem na sua composição framboesa, amora, mirtilo e tamarindo.

É uma cerveja de corpo alto, coloração avermelhada, líquido turvo, espuma le-vemente cremosa. O aroma frutado é notável em sua essência e também no sabor, onde se percebe um dulçor leve e acidez pronunciada de frutas vermelhas. Essas ca-racterísticas, em equilíbrio, conferem a essa cerveja uma ótima drinkability.

A Backer Julieta harmoniza com sobremesas à base de cremes, frutas ou cho-colate branco. Devido à sua acidez, essa Fruit Bier pode amenizar excesso de doce nas sobremesas e realçar ingredientes que ficam em segundo plano, como, por exemplo, frutas vermelhas em um Cheesecake. (ABV) – Álcool por volume (IBU) – Índice de amargor

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