Olavo Romano* – (olavoromano@task.com.br) No Tombadouro, Chico Theobaldo vivia numa simplicidade rústica. Viúvo, casou-se com a cunhada, que ajudou na criação dos filhos, quatro meninos, quatro meninas, todos com nomes começados por A. Quando ficaram moças, ele prometeu ao cunhado Mariano, chamado Maia, dar-lhe uma delas como esposa. Solteirão, passado dos cinquenta, Maia era feio,…
Olavo Romano* – (olavoromano@task.com.br) Zulmira, minha avó materna, Dinha para nós, se orgulhava das cinco tábuas aplicadas. Meu avô, o mais recente recusado, entrou na repescagem para evitar que Avelina se casasse antes, fazendo pinguela sobre a irmã mais velha. Dinha vivia ocupada. Café com quitanda para os retireiros, dia amanhecendo; apalpação de galinhas, soltando…
Olavo Romano* Antigo provérbio ensina que aves de mesma plumagem voam juntas. Nas primeiras gerações dos Silveiras, de minha avó materna, figuram um português e uma negra, a filha de uma bugra pega a laço, até que os casais pudessem se formar em galhos da mesma árvore. Olímpio, meu bisavô, vinha de uma família numerosa,…
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Olavo Romano (olavoromano@task.com.br) Preparando o almoço, mãe e filha conversavam na cozinha. Dona Sinhá picava couve, a mão esquerda apertando o molho, a direita indo e vindo com a faca, movimentos rápidos, as tiras fininhas caindo na cuia. Dália fritava batatinha. Dona Sinhá descansou a faca na cuia, apertou a mão direita um pouco acima…
*Por Olavo Romano Homem bom de garfo feito Sô Mundico Ribeiro, nem por encomenda. Uns lembram dele batendo um prato fundo de melado. Outro vinha com o caso da carne. Com essa fama toda, foi um espanto ele não tugir nem mugir quando chamaram pro almoço. – O que será que deu no seu pai…
Pedro da Lica tocava sua vidinha lá em Dores na maior tranquilidade. Muito estimado, tinha entrada em qualquer roda, todo mundo apreciava suas papeatas. Se perguntavam o que andava fazendo, bem que podia responder como um outro sujeito, meio colega dele: – “Tretas.” Entre seus diversos amigos, um era muito importante: o Doutor Francisco Campos,…
O caminhoneiro vinha sozinho. Carga pesada, viagem vagarosa, vontade de poder conversar. Na baixada logo depois do Rio Pará, numa reta mais comprida, avistou um homem fazendo sinal. Diminuiu a velocidade, reduziu a marcha, foi encostando. O mercedão sacolejou, deu uma suspirada, parou. – Vai pra onde, compadre? – Lages, Santa Catarina. – Rumo…
Observando o filho fazer o para-casa, Terezinha pensa, divertida: “Esse menino é fogo na roupa”. Ele ia lendo as perguntas em voz alta, imediatamente cantava a resposta, logo passada para o papel. O que aconteceu com os Inconfidentes? Mor-reram todos. Enquanto escrevia, ia falando: “A professora não vai poder achar ruim. Depois de tanto tempo,…
O Alazão do Doutor A primeira mensagem no celular é do Edgardzi-nho, o fraterno amigo Edgard Penna Amorim, desem-bargador presidente do Tribunal Regional Eleitoral, de cujo pai e xará herdou a cordial integridade e o inarre-dável compromisso ético. Às duas e meia da madru-gada, comunicava o falecimento do Prof. José Carlos Monteiro de Moura, de…