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Brasil precisa retomar a pesquisa sobre terras-raras

 

Terras-raras são outra oportunidade de negócios para a mineração do presente e do futuro. Pioneiro na pesquisa das terras raras, nos idos de 1940, o país que tem nos minérios sua principal fonte de riqueza, necessita retomar esse estudo, com política específica para o segmento.

Segundo o diretor da YKS Serviços Ltda, e atual presidente do Conselho de Meio Ambiente e Sustentabilidade da AMCHAM-MG – Câmara Americana de Comércio, Carlos Eduardo Orsini, essa nova fronteira é resultado de pesquisa, uma palavra que resume a mineração desde os primórdios até os dias de hoje.

O que são terras-raras?

As denominadas terras-raras são constituídas de 17 elementos químicos muito parecidos, mas que diferem quanto ao numero de elétrons em uma camada da eletrosfera do átomo. Estes elementos são agrupados na cadeia periódica dos elementos químicos porque ocorrem na natureza. São eles:
lantânio, neodímio, cério, praseodímio, promécio, samário,
európio, gadolínio, térbio, disprósio, hólmio, érbio, túlio, itébio,
escândio e lutécio que podem ser usados em informática,
ótica eletrônica, telecomunicações, motores híbridos e
outros equipamentos.

Como estão as pesquisas sobre terras-raras no
Brasil?

Infelizmente pela falta de evolução em nossa pesquisa, as terras-raras são muito pouco pesquisadas no Brasil, embora
existam grandes potencialidades para o aproveitamento. A Companhia de Pesquisas e Recurso Minerais (CPRM), ligada
ao Ministério de Minas e Energia, concentra as pesquisas, ainda de forma muito preliminar.
Já o Serviço Geológico Norte-Americano (USGS), que por motivos estratégicos pesquisa estes elementos mundialmente, aponta que no Brasil as reservas poderão chegar a 3,5 bilhões de toneladas.

Há terras-raras em Minas Gerais?
Em Minas Gerais as áreas tradicionais estão localizadas na região de Araxá (de onde a CBMM extrai o nióbio). Poços de Caldas também representa boas possibilidades. Mas é no norte do Estado que as expectativas são excelentes.

Qual é a utilização das terras-raras?
As terras-raras farão parte da futura metalurgia do carbono, na produção de “ligas leves e resistentes” para as mais variadas
aplicações. Estas aplicações evoluirão para um composto baseado na combinação com o minério de ferro, substituindo- o gradativamente ao longo dos próximos 50 anos.

Existe demanda por terras-raras no Brasil?
No momento não conhecemos demandas mais acentuadas, entretanto é necessário que os governos trabalhem e invistam
nestas pesquisas. Para tanto, sugerimos à Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig) junto com a Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec) a elaboração de um “Plano Mineiro de Pesquisa e Aplicação
de Terras-Raras” em parceria com o setor privado.

O mercado de terras-raras no mundo movimenta
quanto, atualmente, a cada ano?

Pelo que temos conhecimento através de publicações especializadas, o valor do mercado mundial dos óxidos de terras-raras é da ordem de US$ 5,3 bilhões anuais.

O consumo mundial está da ordem de 165 mil toneladas anuais, sendo o neodímio, o elemento químico mais usado nesse momento, presente hoje nos denominados “super imãs”. A China tem se destacado neste mercado, quando no
momento, investe recursos apreciáveis na aplicação industrial destes elementos.

Ainda não há exploração das terras-raras no
Brasil. Por que?

Falta interesse estratégico governamental para esse tipo de estudo e pesquisa. Deveremos juntar esforços das entidades
nacionais e estaduais (caso de Minas Gerais) neste sentido, com a CPRM, DNPM, CODEMIG, CETEC. Minas Gerais poderia liderar estas iniciativas, num processo contínuo de inovação e modernização de suas entidades. A iniciativa privada, como a nossa empresa YKS Serviços Ltda, está estudando o assunto e, inclusive, procurando parcerias internacionais para evoluir em pesquisas e estudos, principalmente aqueles que combinam o interesse ambiental. O trabalho com terras raras significará sustentabilidade técnica para inúmeras aplicações industriais em um futuro próximo.

 

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