A capital da Província de Flandres parece ter sido construída para um cenário de conto de fadas. Bruges talvez seja um dos centros urbanos mais fotogênicos da Europa. A cidade é conhecida como a “Veneza do Norte”. Cortada por canais, barcos turísticos fazem um panorâmico, com direito a fortalezas, moinhos, ruelas e pontes. Apesar de estar a apenas uma hora de trem, partindo de Bruxelas, o entardecer e a noite em Bruges multiplicam seu encanto. Vale a pena pernoitar ali, nem que seja por uma noite.

A melhor maneira de conhece e poder “respirar” todo o encanto deste lugar é passeando a pé e sem pressa pelas ruelas, parques e praças sentindo os cheiros das trufas, waffles e morangos cobertos com o melhor chocolate do mundo e degustar alguns dos mais de 400 tipos da famosa cerveja belga.

O Grote Markt, uma praça enorme, símbolo da cidade, ostenta construções majestosas, como o Provinciaal Hof, a sede do governo provincial e um campanário de 83 metros de altura, com um carrilhão de 47 sinos.

Do alto, se avistam os mil anos de história deste porto, que se tornou a maior conexão do Norte das rotas de comércio com o Mar Mediterrâneo. Para subir os 366 degraus do campanário, o bom é chegar cedo, pois há limite do número de visitantes permitido por vez.

Esta mesma praça abriga alguns museus que merecem uma visita, como a Galeria de Salvador Dali e o Bruges Historium, uma fantástica viagem pela história medieval de Bruges.

Próximo ao Grote Markt, a praça Burg brilha com a Basílica do Sangue Sagrado e a fachada do prédio gótico da prefeitura (Stadhuis), com 48 nichos para estátuas. As estátuas originais, esculpidas pelo artista flamengo do século XV, Jan Van Eyck, foram destruídas em 1790 pelos habitantes da cidade, em manifesto de lealdade aos franceses e depois, foram reconstruídas.

O agradável passeio de barco pelos canais, com embarque próximo à Igreja de Nossa Senhora, (Onze-Lieve-Vrouwekerk), com sua torre de 115 metros de altura, nos dá uma ideia da vida da cidade medieval e mostra tantos cenários maravilhosos, que fica difícil escolher o melhor ângulo para a foto. Em dias de mal tempo durante o inverno, costuma-se interromper o circuito pelos canais.

Um dos cenários urbanos mais famosos da parte antiga de Bruges é a Ponte de São Bonifácio. Apesar de ter sido construída em 1910, seu estilo harmoniza com o cenário medieval da cidade. A ponte é tão charmosa e, ao mesmo tempo, tão lotada de turistas, que é melhor atravessá-la antes do horário de abertura da maioria das lojas de comércio, que se dá às 10 horas da manhã.

Para a turma que não desperdiça a oportunidade de degustar uma boa cerveja, (como é o meu caso) um tour na Cervejaria Halve Maan (meia Lua) é imprescindível. Fundada em 1856, a fábrica é administrada pela mesma família até os dias de hoje. Após um passeio pela fábrica cheia de objetos e de curiosidades da história da cidade de da cerveja, o roteiro “sagrado” termina com a degustação de vários rótulos da melhor cerveja belga, acompanhada de deliciosos petiscos e pratos típicos. No mês de fevereiro acontece na cidade o Bruges Beer Festival, evento que reúne centenas de marcas e tipos de cervejas, das mais de 400 que são fabricadas na Bélgica.

O Groening Museum é considerado um dos principais museus da cidade, com artistas do calibre de Jan van Eyck, Hans Memling, Hugo van deer Goes e Gerard David. As obras retratam a riqueza da arte flamenga. Uma belíssima memória da qualidade técnica e estética da arte e da vida deste rico porto de comércio.

Como se trata de cidade de vocação quase que exclusivamente turística, os preços em hotéis e restaurantes variam de acordo com a temporada. O ideal são os períodos de baixa temporada ou dias úteis durante a semana. Nos fins de semana, tudo fica inflacionado, inclusive o número de turistas. Mas, Bruges é inesquecível.

 

 

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