Brasileiros percebem escalada dos preços e acham que inflação ainda vai piorar
Brasileiros percebem escalada dos preços e acham que inflação ainda vai piorar
Brasileiros percebem escalada dos preços e acham que inflação ainda vai piorar

A maioria dos brasileiros pode até não entender detalhes técnicos de como funciona a economia, mas sabe bem, e sente no bolso, os efeitos dela, quando algo vai mal como nesses tempos de desemprego, desvalorização salarial e inflação nas alturas, levada principalmente pela carestia de alimentos e dos combustíveis.

Pesquisa Ipespe divulgada no dia 27 de maio último, mostra que 71% da população tem percepção clara de que os preços dos produtos aumentaram muito nos últimos meses e 24% acham que os preços “aumentaram”. Por outro lado, 62% dos entrevistados consideram que a economia brasileira está no caminho errado.

Um universo de famílias que ficaram mais pobres, endividadas e vivendo situação de insegurança alimentar, sem dinheiro suficiente para comprar a quantidade de comida necessária, acha que a situação vai ficar ainda pior:  45% acreditam que os preços vão “aumentar muito” nos próximos meses enquanto 19% avaliam que a inflação vai “aumentar”, segundo a pesquisa realizada entre os dias 23 e 25 de maio e que ouviu 1000 pessoas.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem falado sempre na necessidade de o país debelar a inflação, que penaliza toda a sociedade brasileiras e afeta mais fortemente os mais pobres. Ele defende também a criação de políticas públicas para reinserção da parcela mais pobre no orçamento como um dos caminhos para fazer a economia girar.

“Controlar a inflação é uma obrigação para garantir ao povo trabalhador o seu poder de compra, para que as pessoas não tenham que piorar a qualidade da sua comida a cada dia. Eu tenho visto muita gente na televisão dizer, na televisão dizendo: hoje eu fui no supermercado, eu comprei menos, eu diminuí a minha compra, eu trazia um carrinho cheio agora estou trazendo meio carrinho. Eu comprava carne, eu comprava um quilo de carne por semana, hoje eu compro um quilo de carne por mês. No nosso governo a gente não só aumentou muito o Pronaf como a gente tinha programa de garantir a compra do alimento para que o alimento chegasse barato na mesa do povo”.

Lula destaca também a importância da valorização do salário mínimo e dos reajustes salariais acima da inflação, para que o trabalhador não perca poder de compra. Ele lembra que em sua gestão o governo conseguiu manter a meta de inflação em 4,5% e os salários eram reajustados, em sua maioria, acima da inflação.

“Quando eu era presidente, 90% dos acordos salariais feitos pelas categorias organizadas tinham aumento real, acima da inflação. Hoje quase ninguém tem aumento real acima da inflação. Então, caiu o poder aquisitivo, aumenta o preço da comida, aumenta a inflação que e o que acontece? O povo pobre tem inflação maior e o povo pobre sofre mais”, disse recentemente.

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