·        BNDES Crédito Direto Médias Empresas pretende contratar R$ 2 bilhões ao ano e induzir ganhos de produtividade, competitividade e governança 


O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou nesta no dia 17 de maio o BNDES Crédito Direto Médias Empresas, produto voltado para empresas de médio porte. A nova linha apoiará investimentos no valor mínimo de R$ 10 milhões, em operações que poderão ser contratadas diretamente com o BNDES. Os recursos podem ser investidos em obras civis, montagens e instalações, móveis e utensílios, máquinas e equipamentos e inovação, dentre outros. O objetivo é induzir ganhos de produtividade, sustentabilidade, competitividade e governança nas companhias apoiadas.
 
As médias empresas são um segmento prioritário para o BNDES, por sua capacidade de gerar emprego e incorporar novas tecnologias, como enfatizado pelo presidente do Banco, Joaquim Levy. “Estamos lançando um produto para apoiar o investimento, mas que também tem um componente de giro, dando um oxigênio adicional enquanto a empresa vai crescendo e se desenvolvendo”, afirmou. O novo produto foi apresentado por Levy em Joinville, durante o Dia BNDES da Média Empresa, que começou às 8h30 no Perini Business Park, polo empresarial multissetorial da maior cidade catarinense. 

Com o BNDES Crédito Direto Médias Empresas, o Banco pretende atuar em um nicho ainda pouco atendido. Considerando o peso do segmento (29% do PIB industrial do País), a avaliação é de que melhorias nas empresas desse porte tendem a gerar impacto positivo na economia do País. A estimativa é contratar cerca de R$ 2 bilhões por ano. 

Condições – Além dos Investimentos em obras civis, montagens e instalações, móveis e utensílios, o BNDES Crédito Direto Médias Empresas poderá destinar para capital de giro até 40% do valor contratado. Os gastos podem ocorrer em até 5 anos. 
O prazo total de pagamento será de até 120 meses para investimentos (incluindo até 24 meses de carência) e de 48 meses para giro (incluindo até 12 meses de carência). O custo financeiro será a Taxa de Longo Prazo (TLP), mais spread de risco e remuneração básica, que varia de 1,7% ao ano (para investimentos) a 2,1% ao ano (para capital de giro). O Banco apoia a totalidade dos itens financiáveis. 

Dia BNDES da Média Empresa – Além de apresentação do presidente Joaquim Levy, o Dia BNDES da Média Empresa ofereceu palestras sobre acesso ao crédito, ministradas por técnicos do BNDES e do BRDE. A programação do evento também inclui atendimento empresarial e agendamento de reuniões de negócios. 
Bradesco, Itaú, Santander e Desenvolve SP, agentes financeiros repassadores de uma série de linhas do BNDES, participaram como convidados. Durante o evento, foi apresentado o caso da empresa regional Krona, fabricante de tubos, conexões e acessórios de PVC que cresceu de média para grande com apoio do BNDES. A empresa, instalada no Perini Business Park, foi visitada por Joaquim Levy, cuja agenda em Joinville inclui ainda visita à empresa catarinense de tecnologia industrial Pollux. 

Adequação  O desenho da nova linha de crédito buscou moldar-se à realidade das empresas médias, ao mirar no tipo de investimento que companhias desse porte de fato realizam. Com prazo de utilização mais longo e possibilidade de apresentar o detalhamento dos projetos na fase de desembolsos, o produto facilita o alcance do valor mínimo de R$ 10 milhões e dá às companhias grande flexibilidade na elaboração e implementação de seus planos estratégicos. 
O pressuposto de oferecer um produto customizado para a necessidade do perfil de cliente foi o mesmo que norteou a criação do BNDES Crédito Pequenas Empresas, lançada no mês passado e que tem como principal atributo a agilidade e como foco a geração de empregos por empresas de micro e pequeno porte. As duas linhas compõem o novo portfólio do BNDES para o conjunto de MPMEs, segmento que já responde por mais de 40% dos desembolsos do Banco. 

Fomento – O evento em Joinville, por sua vez, faz parte da diretriz do BNDES de fomentar novos negócios e se aproximar de potenciais clientes, inclusive sob uma perspectiva regional. O Banco entende que há segmentos ainda não atendidos na sua carteira, mas que já superaram barreiras de crescimento e agora precisam aumentar produtividade e governança, atributos com que um banco de desenvolvimento pode contribuir por meio de crédito e expertise setorial. 

“O BNDES está aberto, buscando estar mais próximo do cliente. Nossas equipes estão indo a diversas cidades, conversando com empresas, e adaptando os nossos produtos para atender cada vez melhor nossos clientes”, ressaltou Levy. 

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