Desembolsos para infraestrutura representaram 45,5%, totalizando R$ 11,4 bilhões.

Destaques foram os setores de energia elétrica e transportes. Micro, pequenas e médias empresas foram destino de mais de 96% das operações de financiamento e receberam R$ 11,5 bilhões, 45,6% das liberações. Investimentos na região Norte cresceram 108%, chegando a R$ 1,6 bilhão. Desembolsos no Sul aumentaram 10% e atingiram R$ 7 bilhões

Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) totalizaram R$ 25 bilhões entre janeiro e junho de 2019, queda de 9% em relação ao primeiro semestre de 2018. Em 12 meses, o valor chega a R$ 66,7 bilhões, aumento de 3% em relação ao período anterior. As aprovações de novos financiamentos pelo BNDES nos seis primeiros meses, por sua vez, atingiram R$ 18,7 bilhões (redução de 39% em comparação com o mesmo período de 2018), e as consultas, R$ 24,7 bilhões (diminuição de 49%).

Em linha com as prioridades estratégicas do Banco, o setor de infraestrutura foi o destaque entre os desembolsos, tendo recebido R$ 11,45 bilhões, ou 45,5% dos recursos totais. O desempenho foi puxado por projetos de energia elétrica — responsáveis por 19,1% de todas os desembolsos — e transportes (que responderam por 24,3% do volume liberado). Em relação ao mesmo período do ano passado, as liberações do banco para projetos de infraestrutura no Brasil cresceram 4%.

O setor de agropecuária também teve variação positiva frente ao primeiro semestre de 2018. Com R$ 6,36 bilhões liberados (25,3% do total), cresceu 10%. Já os setores de Indústria e Comércio & Serviços decresceram 7% e 56%, respectivamente. O primeiro recebeu R$ 4,78 bilhões (19% do total liberado pelo banco) e o segundo R$ 2,57 bilhões (10,2%).

MPMEs 
– Entre janeiro e junho, o BNDES desembolsou R$ 11,5 bilhões para micro, pequenas e médias empresas (MPME), montante que equivale a 45,6% de todas liberações do Banco. No período, 96,7% das mais de 114 mil operações de crédito foram realizadas com esse segmento de empresas de menor porte.

Nos seis primeiros meses, as micro empresas receberam R$ 1,8 bilhão (7,1% dos desembolsos); as pequenas, R$ 3,8 bilhões (15,2% dos desembolsos); e as médias, R$ 5,9 bilhões (23,3%). Já as grandes empresas foram destino de R$ 13,67 bilhões (54,4% dos desembolsos).

Regiões
 – Sob uma ótica regional, o destaque nas liberações do Banco foi a região Norte, que, impulsionada pelo setor de energia elétrica, recebeu R$ 1,6 bilhão no período, com crescimento de 108%. A participação da região nos desembolsos do BNDES foi de 6,5% do total, superior à sua participação no PIB, que é de 5%.

A região Sul também apresentou crescimento (+ 10%), recebendo R$ 7 bilhões no período, o que corresponde a 27,9% do total liberado pelo BNDES e supera a participação da região no PIB (26% do PIB).

A região Sudeste, que responde por 38% do PIB, recebeu R$ 9 bilhões em desembolsos (35,9% do total liberado), volume 19% menor em relação aos seis primeiros meses de 2018. O Nordeste (17% do PIB) recebeu R$ 4,7 bilhões (18,8% do total desembolsado), decrescendo 17% ante o primeiro semestre de 2018. Por fim, o Centro-Oeste (14% do PIB) recebeu R$ 2,6 bilhões (10,9% do total liberado pelo BNDES), apresentando variação negativa de 28%.

Mercado de capitais
 – No primeiro semestre de 2019 foi subscrita uma operação para Fundo de Investimento em Participação, no valor de R$ 40 milhões. O FIP Anjo é primeiro fundo com participação do BNDES em parceria com investidores-anjo, que neste momento já aportaram R$ 36 milhões, totalizando R$ 76 milhões que serão aplicados em startups inovadoras.

No período, o BNDES também subscreveu uma operação de debêntures, no valor de R$ 91 milhões, para a Cutia Empreendimentos Eólicos, o que corresponde a 25% do total emitido. Os recursos estão associados à construção de 13 parques eólicos.

 

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