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Carlos Alberto Teixeira de Oliveira
Presidente/Editor Geral de Mercado Comum

A revista Veja publicou, em sua edição de 29 de fevereiro último, matéria intitulada “O primeiro desenho brasileiro” em que uma equipe de arqueólogos, liderada pelo brasileiro Walter Neves declara ter encontrado, em um sítio arqueológico localizado em Lagoa Santa, Minas Gerais, aquele que pode, na interpretação do grupo, tratar-se do mais antigo desenho brasileiro e um dos mais antigos das Américas, datado provavelmente, de 10.400 anos atrás.

Trata-se, na verdade, de um petróglifo, uma arte esculpida, feita por alguém com pedra na mão que a gravou numa rocha.

Ainda, de acordo com a publicação, as “únicas expressões artísticas anteriores já encontradas são pinturas”.
As fotos, que a seguir MercadoComum publica com absoluta exclusividade, foram tiradas por mim em 1986, no interior de algumas grutas e cavernas do Norte de Minas Gerais, próximas aos municípios de Janaúba, Januária, Montes Claros, Manga e Montalvânia. Lá, existem centenas delas e, em sua maioria, não possuem qualquer tipo de proteção estando, em boa parte, situadas em propriedades particulares, em locais de difícil acesso.

Naquela oportunidade, tive a chance de visitar, juntamente com meus colegas Alexandre Alves Pequeno de Andrade e
Ernane Rabelo da Costa, cerca de dez grutas e cavernas, num trabalho difícil e demorado, em que se exigiu a instalação de acampamentos, longas caminhadas de quase dez horas diárias e picadas em matas da região.

Com o objetivo de se manter a preservação das mesmas não revelaremos a sua localização precisa, já que desconheço se já foram tombadas pelo patrimônio público e provavelmente é quase certo que indispõem de proteção, sendo que o acesso de estranhos pode danificá-las, causando danos irreparáveis a esse formidável patrimônio da era primitiva mineira. Aliás, já àquela época, pudemos testemunhar a existência de algumas depredações, rabiscos e atos de vandalismo, mesmo apesar das grandes dificuldades de acesso a determinados locais.

Há de se observar que os desenhos são de dois tipos: pinturas rupestres nas rochas e petróglifos –(inscrições rupestres em rocha) que também podem ter ocorrido há dez mil anos ou mais. As pinturas encontradas, em grande parte, são nas cores pretas e vermelhas. As inscrições foram feitas em rochas do solo, no chão e se encontravam, na maioria das vezes, cobertas e escondidas por poeira.

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Ano passado, em visita a Lima, no Peru, tive a oportunidade de adquirir o livro “Imágines Y Paisajes Rupestres del Perú”, de autoria de Jean Guffroy e editado pela Universidad de San Martin de Porres. A publicação destaca centenas de fotos de petróglifos identificados em dezenas de sítios arqueológicos em diversas regiões do Peru. Fiquei muito surpreso ao verificar que muitos deles guardam enorme similaridade com aqueles encontrados por mim nas grutas do norte mineiro.

Os estilos, traços e desenhos são inacreditáveis e bastante similares, mas considero os de Minas Gerais mais ricos e melhor trabalhados. Parecem ter sido feitos simultaneamente, numa mesma época ou período.

Alguns estudiosos afirmam que os incas escalavam as Cordilheiras dos Andes, mas jamais conseguiram descê-las. Tais afirmações realmente procedem e correspondem à realidade dos fatos? Será que a origem do homem mineiro não está assentada fortemente nos povos e civilização incaica? Existem inúmeras outras coincidências, além dos desenhos, que sugerem fortemente essa direção e precisam ser melhor pesquisadas e estudadas.

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Vejam, por exemplo, alguns formidáveis desenhos lembrando Netuno com um tridente e seus raios; vários pés e mãos, alguns com seis dedos; animais e tartarugas; braços que parecem de robôs; estrelas e sóis. Há até mesmo
uma pintura no teto, a nove metros de altura, de duas figuras lembrando, em muito, astronautas. Há de se considerar, de outro lado, as precárias condições existentes à época e do local em que foram feitas, já que a entrada nessas cavernas é usualmente bastante estreita, o ar rarefeito e onde predomina a escuridão. E, ademais, trata-se de abrigo natural de muitos animais, como onças, morcegos etc.

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Tivemos a oportunidade, ainda, de conhecer e conversar demoradamente com a figura ilustre de Antônio Montalvão, fundador da cidade de Montalvânia, pesquisador e estudioso da região e de suas grutas. Montalvão considerava que a maior parte das pinturas e inscrições rupestres possuía vasta correlação com o contato de civilizações extraterrestres que estiveram na região e, por essa razão, os povos residentes à época quiseram deixar seus registros à posteridade.

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Se Erik Von Daninken, autor do livro “Eram os Deuses Astronautas” as tivesse conhecido antes da realização de suas pesquisas, muito provavelmente ele teria ficado estupefato pela riqueza e rara beleza que impressionantemente
revelam. Enfim, é um acervo precioso, rico e que merece ser estudado e preservado.

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