Balanço de Pagamentos do Brasil fechou o ano de 2022 com déficit em Transações Correntes de US$ 55,7 bilhões – correspondentes a 2,92% do PIB – Produto Interno Bruto
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Balanço de Pagamentos do Brasil fechou o ano de 2022 com déficit em Transações Correntes de US$ 55,7 bilhões – correspondentes a 2,92% do PIB – Produto Interno Bruto

 

O déficit em conta corrente encerrou 2022 em US$ 55,7 bilhões – 2,92% do PIB contra US$ 46,4 bilhões – 2,81% do PIB – ocorrido em 2021. Esse crescimento decorreu tanto do maior volume de gastos com serviços, como pela expansão das remessas de rendas.

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Nas contas de Serviços, o destaque foi o novo patamar dos gastos com transportes após a revisão extraordinária que incorporou os dados da Secex para estas despesas. Em 2022, estes gastos somaram US$ 19,4 bilhões, contra US$ 13,6 bilhões em 2021. Este crescimento decorre do aumento do fluxo de comércio exterior num contexto de forte elevação dos combustíveis e dos fretes, bem como da retomada dos fluxos de passageiros. Cabe observar uma inflexão na ponta, o que sugere um provável arrefecimento desses custos no próximo ano.

Os gastos com viagens continuaram em recuperação por conta da reabertura do setor, após a suspensão das restrições impostas pela pandemia. No ano passado, essas despesas somaram US$ 7,2 bilhões e ainda não retornaram ao patamar pré pandemia.

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As remessas de rendas foram de US$ 63,9 bilhões em 2022, o que representa uma variação de +US$ 4,9 bilhões em relação ao mesmo período de 2021. Este avanço decorreu da elevação da distribuição de lucros e dividendos, que expandiu de US$ 38,4 bilhões em 2021 para US$ 44,7 em 2022. O crescimento econômico mais forte e a valorização das commodities contribuíram para o aumento da rentabilidade das empresas e para a alta dos lucros distribuídos. Vale destacar que a Petrobras adotou neste ano uma política mais agressiva de distribuição de seus lucros.

O volume de dividendos distribuídos em 12 meses já superou o observado antes da pandemia. Os pagamentos com juros mantiveram a tendência de moderada queda. O total pago em 2022 somou US$ 19,2 bilhões. Essa baixa pode ser explicada pela redução do total de dívida nos últimos anos e ao aumento dos juros nos EUA, o que proporciona uma maior receita na aplicação das reservas internacionais.

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A balança comercial de bens registrou superávit de US$ 5,1 bilhões em dezembro último. No ano, o superávit da balança comercial somou US$ 44,4 bilhões, ante 36,4 bilhões em 2021. O aumento dos preços das commodities tem sido relevante para que a balança comercial brasileira registre superávit em 2022, a despeito do crescimento interno ter ficado acima de seu potencial e pressionado as importações.

Conta Financeira

O Investimento direto no país (IDP) foi de +US$ 5,6 bilhões em dezembro do ano passado, sendo US$ 5,0 bilhões em participação no capital e US$ 0,6 bilhões de empréstimos intercompanhias. Em 2022, o IDP somou US$ 90,6 bilhões. Este forte ingresso de recursos pode ser atribuído, internamente, à continuidade do crescimento ocorrido no ano, às elevadas taxas de juros domésticas, o peso elevado de setores favorecidos pela alta das commodities, que podem ter atraído investimentos. Externamente, os problemas econômicos decorrentes da guerra na Ucrânia, tem prejudicado várias economias emergentes. O fluxo forte de IDP também indica que os investidores não esperam um cenário de forte descontinuidade da política econômica no novo governo.

O IDP acumulado em doze meses vem cobrindo com folga o déficit em conta corrente na mesma métrica.

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Os investimentos diretos de empresas brasileiras no exterior se ampliaram em 2022, em comparação 2021: US$ 30,7 bilhões em relação aos US$ 16,2 bilhões, respectivamente. A repatriação dos investimentos em carteira de brasileiros no exterior foi revertida no ano, após uma saída de US$ 0,8 bilhão em dezembro.

Os Investimentos estrangeiros em ativos financeiros brasileiros somaram +US$ 0,3 bilhão em dezembro e -US$ 4,3 bilhões no ano. Por tipo de investimento, continuou o quadro diferenciado. No ano, enquanto os investimentos em ações atraíram US$ 9,5 bilhões (US$ 5,3 bilhões em 2021), seguem os resgastes líquidos no mercado de títulos. O apetite dos investidores estrangeiros por títulos de renda fixa está menor por causa da alta dos juros nos EUA. A maior aversão ao risco pelo de temor de recessão global tem aumentado os prêmios de risco e desestimulado as emissões de títulos de renda fixa. De fato, em 2022, o fluxo de investimentos externos para os títulos de dívida brasileiros foi de -US$ 14,6 bilhões, contra +US$ 15,8 bilhões, em 2021. Por outro lado, as empresas brasileiras, com boa qualidade de crédito, têm conseguido captar via empréstimos de longo prazo e ou através das linhas de comércio exterior.

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Reservas internacionais

As reservas internacionais somaram US$ 324,7 bilhões em dezembro de 2022 e recuaram US$ 37,5 bilhões durante o ano. Contribuíram para essa redução as perdas por preço, de US$ 24,0 bilhões; a concessão líquida de linhas com recompra – US$ 11,5 bilhões; as perdas por paridade, de US$ 6,0 bilhões; e a liquidação de vendas à vista, de US$ 571,0 milhões. A receita de juros somou US$ 6,2 bilhões. (Fonte: Banco Central do Brasil e LCA Consultores Econômicos)

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