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O saldo da Balança Comercial brasileira alcançou pouco mais de US$ 58 bilhões em 2018, abaixo do resultado de US$ 67 bilhões verificado em 2017.
De acordo com a Rosenberg & Associados a expansão da economia em ritmo pouco maior contribuiu para um crescimento das importações em relação às exportações. A safra menor também foi um fator de limitação às vendas ao exterior. A importação de plataformas de petróleo, no âmbito da Repetro foi outro fator importante a explicar o avanço maior das importações ao longo de 2018 – devendo continuar até 2020, pelo menos (exportações também foram afetadas, porém em magnitude inferior).
 
Em 2019, as importações deverão continuar crescendo em ritmo superior das exportações: pela continuação do Repetro e pela recuperação mais forte da economia. Por outro lado, as exportações poderão contar com uma safra que promete ser maior que a do ano anterior, porém com preços mais moderados de commodities e impacto negativo da recessão argentina.
 
 

BRASIL – EVOLUÇÃO DA BALANÇA COMERCIAL – US$ Milhão FOB –

Na comparação interanual de dezembro, cabe destaque para o crescimento das importações (+2,5%), em especial de combustíveis e lubrificantes (+32,9%), bens de capital (+5,6%) e bens intermediários (+0,8%), enquanto retrocederam as compras de bens de consumo (-18,3%). As exportações tiveram crescimento menor na comparação interanual (+11,1%), porém expressivo, decorrente do crescimento das exportações produtos básicos (+34,6%) e semimanufaturados (+1,3%), enquanto retrocederam as vendas de manufaturados (-2,4%).

 
No acumulado de 2018, as exportações apresentaram valor de US$ 239,5 bilhões – o que representa uma expansão de 9,6%, pela média diária. Os destaques foram:
 
Básicos (+17,2%, para US$ 118,891 bilhões): aumento de receita de petróleo em bruto (+48,0%), farelo de soja (+34,1%), soja em grão (+28,9%), carne bovina (+7,2%), minério de cobre (+5,8%) e minério de ferro (+4,2%);
Manufaturados (+7,4%, para US$ 86,576 bilhões): plataforma p/extração de petróleo (+532,4% – efeito do Repetro), partes de motores/turbinas p/aeronaves (+117,3%), óleos combustíveis (+116,3%), motores p/veículos e partes (+20,6%), máquinas p/terraplanagem (+14,4%), suco de laranja não congelado (+13,8%), tratores (+3,5%), autopeças (+2,6%) e motores/geradores elétricos (+1,3%);
Semimanufaturados (-3,1%, para US$ 30,587 bilhões): maiores quedas ocorreram nas vendas de açúcar em bruto (-40,6%), couros e peles (-24,4%), ouro em forma semimanufaturada (-7,2%) e ferro fundido (-2,3%). Por outro lado, cresceram as vendas de celulose (+31,3%), semimanufaturados de ferro/aço (+20,4%), ferro-ligas (+20,4%), madeira serrada (+15,5%), catodos de cobre (+6,3%) e óleo de soja em bruto (+4,4%).
As importações, em 2018, somaram US$ 181,2 bilhões, acima 19,7%, pela média diária, de 2017. Os destaques foram:
Bens de capital (+76,5% – influenciado pelo Repetro);
Combustíveis e lubrificantes (+24,9%);
Bens intermediários (+11,6%);
Bens de consumo (+9,1%).
Por mercados compradores, as vendas expandiram para os principais destinos:
União Europeia (+20,1%, por conta de plataforma p/extração de petróleo, petróleo em bruto, farelo de soja, celulose, óleos combustíveis, gasolina, tubos de ferro fundido, centrifugadores, minério de cobre, motores/turbinas p/aeronaves e partes, silício, carne de frango, máquinas p/terraplanagem, motores p/veículos e partes, ferro-ligas, madeira compensada, suco de laranja não congelado, soja em grão, motores/geradores elétricos);
Ásia (+17,8%, sendo que a China cresceu 32,2%, para US$ 66,6 bilhões, por conta de soja em grão, petróleo em bruto, celulose, carne bovina, ferro-ligas, algodão em bruto, minério de ferro, óleos combustíveis, carne suína, açúcar em bruto, minério de cobre, bombas e compressores, catodos de cobre, polímeros plásticos, farelo de soja, café em grão, tripas/buchos de animais, minério de manganês);
Estados Unidos (+6,6%, por conta semimanufaturados de ferro/aço, motores/turbinas p/aeronaves e partes, petróleo em bruto, máquinas p/terraplanagem, gasolina, óxidos/hidróxidos de alumínio, óleos combustíveis, celulose, motores/geradores elétricos, suco de laranja não congelado, madeira compensada, rolamentos/engrenagens, alumínio em barras, torneiras/válvulas, partes de aeronaves, autopeças, pneumáticos, móveis e partes, minério de ferro, máquinas automáticas, papel e cartão, suco de laranja congelado);
Mercosul (-7,9%, sendo que a Argentina decresceu 15,5%, por conta de automóveis de passageiros, veículos de carga, máquinas p/terraplanagem, tratores, semimanufaturados de ferro/aço, máquinas p/uso agrícola, chassis c/motor, ônibus, laminados planos, pneumáticos, polímeros plásticos, motores p/veículos e partes, autopeças, partes de calçados, minério de manganês, bombas e compressores, máquinas p/elevação de carga, petróleo em bruto, gasolina).
Nas importações, cresceram as compras originárias dos principais mercados:
Ásia (+18,9%, sendo que a China cresceu 26,6%, por conta plataforma p/extração de petróleo, compostos heterocíclicos, motores/geradores elétricos, dispositivos semicondutores, inseticidas, compostos organo-inorgânicos, coques/semicoques, sulfato de amônio, barras de alumínio, laminados planos, instrumentos médicos, circuitos integrados, brinquedos, rolamentos/engrenagens, ácidos carboxílicos, partes de aparelhos transmissores/receptores);
Estados Unidos (+16,1%, por conta de óleos combustíveis, petróleo em bruto, gás propano, hidrocarbonetos, inseticidas, óleos lubrificantes, compostos organo-inorgânicos, naftas, gás natural, gasolina, aviões, máquinas p/uso agrícola, polímeros plásticos, soda cáustica, gás butano, coque de petróleo, querosene de aviação, carvão, automóveis de passageiros, instrumentos de medida, ácidos carboxílicos, máquinas automáticas, veículos de carga);
Mercosul (+12,6%, sendo que da Argentina cresceu 16,7%, por conta veículos de carga, automóveis de passageiros, trigo em grão, naftas, polímeros plásticos, alumínio em bruto, álcoois acíclicos, ônibus, medicamentos, leite/creme de leite, energia elétrica, aceleradores catalíticos, cebolas frescas, chocolate e preparações c/cacau, ligas de alumínio em bruto, celulose, barras de alumínio, fio-máquina de ferro/aço, hidrocarbonetos);
União Europeia (+7,9%, por conta de naftas, medicamentos, compostos heterocíclicos, autopeças, automóveis de passageiros, gás natural, tubos flexíveis de ferro/aço, máquinas p/empacotar, grafita artificial, laminados planos, partes de motores p/veículos automóveis, construções de ferro/aço, bombas e compressores, máquinas automáticas, compostos de funções nitrogenadas, azeite de oliva, máquinas p/terraplanagem, instrumentos médicos, máquinas p/elevação de cargas).
 
 
Para 2019, a expectativa da Rosenberg & Associados para a balança comercial é de apresentação de um saldo menor que o verificado em 2018, registrando expansão de 9% das exportações e de 21% das importações – levando a um superávit pouco acima de US$ 40 bilhões no ano (critério MDIC). Esse cenário leva em conta a aceleração do crescimento do PIB previsto para 2,8% no ano.
 
* Por Carlos Alberto Teixeira de Oliveira – Economista, Editor-Geral de MercadoComum

 

 

 

 

 

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