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Por: Juliano Lima Pinheiro (PhD Presidente da APIMEC MG)

 

Faltam poucos anos para a aposentadoria. E agora?

Bem, se você é participante de um fundo de pensão, contratou um plano privado de aposentadoria de uma instituição financeira sólida e ou tem uma boa reserva financeira em outros investimentos, preocupação quase nenhuma. Porém, se nada disso foi feito, possíveis problemas à vista, pois hoje não se pode contar apenas com os proventos advindos do INSS para fazer frente a gastos como remédios que começam a pesar no bolso. Na maioria das vezes, o contribuinte acaba recebendo menos que sua média salarial e não está preparado para essa queda na renda.

O que fazer, então? Essa é a dúvida com que várias pessoas se defrontam quando percebem que têm pouco tempo para constituir uma poupança de aposentadoria, necessária para a manutenção de um padrão confortável de vida na velhice.

Para evitar surpresas ruins, o primeiro passo é se preocupar com o assunto o mais cedo possível, logo no início da vida profissional, reservando parte dos rendimentos para começar a resgatar no final da carreira laborativa. Isso é o mais importante, mas não basta.

Como segundo passo, o investidor precisa definir objetivos de curto, médio e longo prazo e identificar o seu perfil. Há pessoas que não têm apetite para o alto risco de alguns produtos, cuja rentabilidade é oscilante. Quem não suporta passar por essa situação deve se manter em papéis considerados mais seguros, ainda que tenham que se acostumar a retornos mais baixos do que no passado. Outra questão que deve ser evitada é assumir riscos próximos à aposentadoria. Diante da ansiedade por acumular o valor necessário para garantir a aposentadoria, é comum pessoas arriscarem suas economias em renda variável sem tempo para obter vantagem financeira.

Os investidores brasileiros, de maneira geral, sempre foram muito acomodados, quase nunca fazendo contas sobre o real rendimento das suas aplicações financeiras ou do preço cobrado pelos administradores financeiros. Essa acomodação, que até hoje não pesou muito no bolso, daqui para frente pode custar caro. As taxas de administração de fundos de investimento e de pensão podem levar até a metade do rendimento em períodos de juros baixos.

O ano de 2012 foi um divisor de águas. Se, por um lado a estabilidade da economia passava aos investidores brasileiros a sensação de segurança, por outro, a drástica redução da taxa Selic os obrigou a buscar alternativas mais sofisticadas para garantir a mesma rentabilidade que aplicações conservadoras chegaram a proporcionar anos atrás.

Então, teve-se que trabalhar com juros reais, descontada a inflação, porque a taxa Selic afeta diretamente a rentabilidade dos investimentos, já que ela serve como parâmetro de remuneração dos títulos de renda fixa (títulos públicos e debêntures). A própria caderneta de poupança, teve sua forma de rentabilização alterada pela primeira vez na história.

A questão da tributação também deve ser bem avaliada. Ela só ocorre no momento do recebimento do benefício ou no seu resgate. Já na maioria dos fundos de investimento, o imposto é semestral. Além disso, a escolha sobre a tributação regressiva deve estar presente nos casos de disponibilidade de tempo para programar os saques futuros.

Hoje, a remuneração dos investimentos mais conservadores está reduzida, obrigando as pessoas a se perguntar para que investem e se estão alocando seu dinheiro da melhor forma. Se o objetivo é de longo prazo, devem ser consideradas as aplicações de risco, o mercado de ações, por exemplo, onde o investidor é dono de uma parte das empresas. Como sócio, tem direito a participar dos lucros e poderá ganhar dinheiro com os dividendos distribuídos e/ou com a valorização do preço de suas ações.

Para isso é preciso contar com assessoria de profissionais especializados, ter paciência e não assustar com oscilações pontuais de mercado, deixando o dinheiro aplicado por mais tempo num mesmo produto, sem resgatá-lo. A lógica é que, assim, podem ser obtidas maiores rentabilidades, pois o mercado de ações oferece mais riscos do que o mercado de renda fixa, mas também apresenta mais oportunidades de ganhos.

Portanto, vale a pena avaliar cuidadosamente a empresa da qual você deseja comprar ações. Observar os movimentos do setor ao qual pertence, a tendência de seus produtos, seu comportamento perante a concorrência, a evolução dos preços de seus produtos, entre outras coisas. É importante acompanhar as perspectivas de valorização ou desvalorização da empresa e, consequentemente, de suas ações.

O mais importante é entender que investir em ações significa investir pensando no futuro, ou seja, no longo prazo.

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