Alta da Selic: Inflação segue persistente e nível de incertezas alto
Alta da Selic: Inflação segue persistente e nível de incertezas alto
Alta da Selic: Inflação segue persistente e nível de incertezas alto

O COPOM subiu a taxa básica de juros brasileira para 12,75%, um aumento de 1 ponto percentual em relação ao patamar anterior. Na visão de Paloma Brum – analista de investimentos da Toro, “o ajuste é positivo, em linha com a expectativa predominante no mercado, o que tende a manter as expectativas de inflação no Brasil bem ancoradas a longo prazo, servindo de base para a tomada de decisão dos agentes econômicos, especialmente no que tange aos investimentos. Mais do que isso, também avalio como positiva a visão trazida no Comunicado de provável continuidade do ciclo de alta da SELIC na próxima reunião (em junho), ainda que o Comitê espere um aumento de menor magnitude do que o realizado hoje, justamente visando a ancoragem das expectativas, dados os riscos sob avaliação”.

De acordo com Paloma, “para os membros do Comitê, o nível de incertezas encontra-se acima do usual, tendo demonstrado preocupação, principalmente, com os efeitos na oferta global decorrentes da guerra entre Rússia e Ucrânia e da política de lockdowns na China. Enquanto, aqui no Brasil, a questão fiscal continua no radar e a inflação ao consumidor segue persistente, de forma dispersa, tanto em itens mais voláteis, como alimentos e energia, como naqueles menos voláteis, o que aponta para um IPCA acima da meta, chegando a 7,3% neste ano e a 3,4% em 2023.

Por outro lado, uma descompressão da inflação pode vir de uma reversão parcial nos preços das commodities mundiais e de uma desaceleração da atividade econômica acima do esperado, o que, ao mesmo tempo, demanda cautela na avaliação de riscos por parte dos dirigentes do Banco Central no Brasil”.

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