As crianças colecionam carrinhos e bonecas. Os adolescentes compram roupas de marca, produtos eletrônicos e artigos esportivos. E os adultos adquirem o segundo ou terceiro carro, sonhando com uma casa maior para guardar tudo que suas crianças e adolescentes colecionam. Quanto custa manter tudo isso em ordem?
Roupas no armário mofam, pois raramente são usadas e lavadas. Carros que rodam com o óleo do motor vencido. O filtro do ar condicionado da sala de TV que nunca é vistoriado. Para assimilar coisas novas, devemos estar com a mente aliviada. Quando nos livramos do peso morto que as coisas velhas carregam, abrimos espaço para renovar não só o nosso guarda-roupa, mas o nosso modo de lidar com os desafios e as oportunidades que as curvas da vida nos revelam.
Se você considerar que a vida é cheia de curvas, você chegará melhor ao final dela se estiver mais leve. E este "leve" não se restringe ao peso corporal, mas alcança os aspectos psicológicos que alguns chamam de "estado de espírito". Menos peso nos leva a mais longevidade. Consequentemente, é necessário carregar consigo, apenas o essencial.
Caso o contrário, inimigos como o cansaço e estresse logo nos farão companhia. O acúmulo e sua inércia podem até passar a ideia de segurança mas na verdade, coisas em excesso são como passivos: tiram dinheiro do nosso bolso e nos tiram o foco para as coisas que realmente precisamos.
São anos e mais anos com aportes mensais e regulares que visam acumular os melhores ativos de cada ocasião. Esse é o tipo de acúmulo que vale a pena. Vejamos: ações não aparecem nos aparelhos de Raios-X das alfândegas dos aeroportos. Não existe excesso de carga para quem tem doze mil ações de uma empresa que transmite energia.
