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O mapa e a matemática dos resultados das eleições de 26 de outubro último revelam uma realidade inconteste: populações pobres, miseráveis, sofridas e marginalizadas despejaram de forma maciça seus votos no PT, desconhecendo a alta da inflação, a estagnação econômica, corrupção endêmica que assola o país e todos os problemas que enfrentam no dia a dia. Este imenso contingente populacional dependente do governo não encampou as propostas de mudanças na estrutura da sociedade e nos programas de governo, destinadas a garantir-lhes melhoria nas suas precárias condições de vida.
 
E onde vivem e como conseguem sobreviver estas populações?
 
A grande maioria encontra-se nas áreas subdesenvolvidas do país, grande parte no semiárido do Nordeste, no Agreste pernambucano, nas parafitas dos rios da Amazônia, nas periferias das grandes e médias cidades, nos morros das pequenas, nas comunidades carentes do Jequitinhonha, nas favelas que pululam por toda parte neste país desigual.
 
Exemplos de comunidades carentes e marginalizadas estão em centenas de áreas de Belo Horizonte.
 
Quem passa pelo Anel Rodoviário de Belo Horizonte, por exemplo, na altura do Viaduto São Francisco, presencia, vê e sente a existência da pobreza extrema, da miserabilidade chocante, que corta o coração e dói a alma de qualquer um. Mais adiante, na altura do Gorduras, pouco antes do Rio das Velhas, um espetáculo comovente e triste: centenas de casebres e barracos de lonas, de pau a pique, de papelão e restos de madeira e caixotes etc. E, na BR 381, depois da Policia Rodoviária Federal, a pobreza é ainda maior. Casebres e mais casebres do lado direito de quem vai para Monlevade e uma centena de fios de luz pairando por sobre a estrada, para alimentar os “gatos” (ligações clandestinas) ali existentes.
 
Os donos dos “gatos”, claro, são todos eleitores do PT.
 
Quem tiver a oportunidade de visitar qualquer dessas residências, se é que se podem chamar de residências, vai ver e sentir uma dura e cruel realidade. Ali falta tudo, comida, roupa, saneamento, água potável, higiene. Tudo. A luz, quando existe, é de “gatos”. E os votos? Estes vão para o PT, por causa das migalhas das subvenções. A presidente Dilma e o PT negam a existência da miséria neste país. Dizem que tiraram milhões de brasileiros da miséria.
 
Será que nunca passaram por ali? E como estes guetos, existem milhares de outros em todas, todas mesmo, as cidades deste país.
 
E não se ouve falar, nem os candidatos falaram, numa reforma urbana que pudesse atacar este problema.
 
Pelo menos eu nunca ouvi falar nisto.
 
Não sabem as populações subvencionadas pelo governo que, a persistir a política subvencionista e assistencialista, não existe a menor possibilidade de conseguirem ascensão social ou melhoria de vida, pois só se consegue esta melhoria pelo trabalho.
 
E como elas não trabalham, as suas perspectivas de melhoria de vida são iguais a zero.
 
Não se pode negar que o Bolsa Família em 10 anos não conseguiu que uma única família beneficiada mudasse de vida e melhorasse sua renda. Uma única. Todas continuam dependentes das verbas públicas oriundas do dinheiro do contribuinte.
 
Para estas populações, inflação, estagnação, alta carga tributária, juros altos, terríveis problemas no atendimento à saúde, transporte coletivo humilhante e muitas outras mazelas que sofrem, nada valem.
 
O que vale mesmo são as verbas do Bolsa Família que recebem sem trabalhar.
 
Por isso, seu voto no PT, mesmo com a corrupção solta, é sagrado.
 
E o país, com este imenso contingente de brasileiros fora do mercado de trabalho, continua com crescimento igual a zero.
 
Vê-se ainda que existe uma clara divisão entre as regiões desenvolvidas do país, o Centro-Oeste, o Sul e o Sudeste, que repudiaram o assistencialismo, e as regiões Norte e Nordeste, subdesenvolvidas, cujas populações carentes optaram pela manutenção do assistencialismo. O país saiu também dividido destas eleições. De um lado o eleitor esclarecido, constituído das classes A e B, e, de outro, o eleitor subvencionado e dependente do governo, constituído pelas classes C, D e, mais a classe AA (empreiteiros, banqueiros, grandes empresários), que também é subvencionada pelo governo, através dos generosos juros subsidiados do BNDES.
 
As classes mais esclarecidas são constituídas de profissionais liberais, comerciantes, industriais, produtores rurais, que optaram por mudanças.
 
Não compactuam com a inflação, com a corrupção e a estagnação e querem um novo projeto desenvolvimentista para o Brasil. Até quando o país vai continuar com políticas assistencialistas convivendo com inflação alta, estagnação e corrupção?
 
Será que o novo governo não terá um estalo de Vieira para atacar estes problemas?
 
Para quem não conhece a expressão “estalo de Vieira”, vai a explicação: O padre Antônio Vieira, um dos maiores oradores e escritores de língua portuguesa de todos os tempos, era considerado o mais burro aluno do colégio na Bahia, onde estudava.
 
Não aprendia nada, de jeito nenhum. Um dia, rezando para a Virgem Maria, sentiu uma fortíssima dor de cabeça, ficou tonto por vários minutos e, quando voltou à normalidade, sentiu uma sensação diferente: tudo que lhe diziam, ele guardava.
 
Na aula, passou a aprender tudo. Daí a expressão “estalo de Vieira”. Quem sabe se a Virgem Maria também venha a proporcionar um “estalo de Vieira“ à presidente Dilma Rousseff e ela possa aprender rapidamente a solucionar os problemas que afligem o nosso país e que até hoje não aprendeu a resolver?
 
Vai um conselho para a presidente: reze e peça à Virgem Maria para lhe proporcionar um “estalo” semelhante ao do padre Antônio Vieira. O Brasil inteiro vai agradecer, com certeza!
 
E até quando esta realidade vai perdurar? Quando e como estas populações marginalizadas vão se conscientizar de que o país precisa crescer para saírem da Bolsa Família, começarem a trabalhar e se inserir no mercado de trabalho e melhor suas condições de vida? Só Deus sabe.
 
Até lá, milhões de brasileiros continuarão marginalizados e contribuindo para a sua própria marginalização. O Brasil é isto aí. Corrupção, inflação, estagnação, juros altos, alta carga tributária, nada significam. E garantem vitória de quem os pratica.
 
Até quando? 

 

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