A forc?a do agronego?cio no Tria?ngulo Mineiro
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Mercado Comum Publicação Nacional de Economia, Finanças e Negócios
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A força do agronegócio no Triângulo Mineiro

Ray Souza e Giovana Araújo*

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,2% no primeiro trimestre de 2021 na comparação com os três meses imediatamente anteriores. Em relação ao mesmo trimestre de 2020, o PIB subiu 1%. É uma esperança para a retomada da economia e a geração de negócios, renda e empregos.

O mesmo sentimento de retomada está presente em Minas Gerais, estado que atraiu R$ 32 bilhões em novos investimentos em 2020. Entre as regiões, o Triângulo Mineiro tem se destacado, como, por exemplo, no anúncio de R$ 5,2 bilhões em investimentos de uma empresa de celulose em uma planta entre Indianópolis e Araguari. Outro município de destaque na região é Uberlândia, que atraiu, de 2017 até agora, quase R$ 3 bilhões em investimentos privados, relacionados a expansões e novos negócios.

Ao mesmo tempo, o PIB do agronegócio brasileiro fechou 2020 com uma expansão recorde de 24%, na comparação com 2019, segundo Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), considerando o crescimento tanto de volume de produção como preços. Com o resultado, o agronegócio ampliou de 20% para 26,6% a participação no PIB nacional, com todos os segmentos do agronegócio tendo alta em 2020.

Em Minas Gerais, o principal destaque foi o setor agropecuário, que subiu 11% em 2020. A expansão ocorreu em função do aumento substancial nos preços das principais commodities agrícolas e o crescimento da produção. Além disso, o Triângulo Mineiro exportou mais de US$ 700 milhões em produtos no segundo quadrimestre de 2020, atingindo o maior volume em 23 anos. A alta do dólar favoreceu a exportação de produtos como açúcar, soja e carne bovina, segundo o Centro de Pesquisas Econômico-Sociais da Universidade Federal de Uberlândia (Cepes/UFU).

Uberlândia, a propósito, tem se destacado como principal exportadora da região. Em 2019, o município exportou US$ 150 milhões no segundo quadrimestre, contra US$ 338 milhões no mesmo período de 2020. Além disso, Araguari e Ituiutaba também se destacam nas exportações. As três cidades concentram quase 95% dos valores totais exportados das 24 cidades da região.

De acordo com o Cepes, os produtos mais exportados pelo Triângulo Mineiro são açúcar, soja e carne bovina. A soja impulsionou o valor exportado e atingiu produção de 1 milhão de toneladas do grão, com US$ 352 milhões em faturamento. O açúcar atingiu expressiva variação de mais de 1.800% de crescimento, sendo que, no segundo quadrimestre de 2020, a região exportou mais de US$ 40 milhões do produto. Outro destaque foi a carne bovina congelada, participando com mais de 18% no volume de exportações. Entre maio e agosto de 2020 foram exportados US$ 137 milhões do produto.

Além de todas as iniciativas de desenvolvimento e atração de investimentos do Triângulo Mineiro, a localização estratégica dos municípios é relevante, que garante competitividade a este importante polo de expansão do agronegócio no Brasil. Além disso, com a oferta de produtos de qualidade e preços competitivos no cenário internacional, há uma expectativa positiva do mercado para que a região continue aumentando as exportações e conquiste novos mercados para os produtos do agronegócio do Brasil e do Triângulo Mineiro. O resultado é a continuidade no crescimento do setor e o desenvolvimento econômico e social da região.

*Sócio de Mercados Regionais da KPMG em Minas Gerais e Giovana Araújo é sócia-líder de Agronegócio da KPMG no Brasil.

(Os artigos e comentários não representam, necessariamente, a opinião desta publicação; a responsabilidade é do autor do texto)

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