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Jayme Vita Roso

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A grandeza de um país não depende da extensão de seu território, mas do caráter do seu povo.Jean-Baptiste Colbert (1619 – 1683)
 
1 – O doutor em ciências jurídicas e sociais pela Faculdade de São Paulo, do Conselho de Estado do Brasil Império, José da Silva Costa, publicou “A fase adventícia no Brasil” . Tão pomposo título, sublinhado por “Estudo de Sociologia”, a que se destinava e a que servia? 
 
A república nasceu, segundo Costa, de circuns-tâncias extraordinárias, pois, na véspera, 14 de novem-bro de 1889, adormece com a população da cidade do Rio de Janeiro, “descansando nas garantias que tran-quilamente desfrutava”, para despontar com “o minis-tério do benemérito Visconde de Ouro Preto deposto e preso pela tropa naquele quartel” (referiu-se ao do Campo da Aclamação)  (p.1).   
 
O movimento, ao vivo presenciado pelo autor, que culminou com a intentona, mudando os destinos da Santa Cruz, ocorreu ao arrepio do povo, pois “tanta confianç tinha no povo brasileiro o Preclaro Monarca, que duvidou que o movimento militar fosse ao extremo ponto de aten-tar contra a monarquia, acreditando, como externou, que essa crise era passageira por conhecer bem os sentimen-tos do povo brasileiro” (p.5).  
 
2 – O Código Civil, especificamente,já minutado e com data para sua promulgação é um monumento jurí-dico e, avançado, já no projeto, cuidou-se da Parte Geral (introdução); do direito das obrigações; das coisas; da fa-mília e das sucessões. 
 
Originado do melhor pensamento da época, mi-nucioso, criterioso, respeitoso, científico,culto, bem redi-gido, porque “em país nenhum do mundo se usou das franquezas individuais com mais ilimitada expansão do que no Império Brasil, até 14 de novembro de 1889”, mas contrários ao regime, pela ordem, os funcionários públi-cos, a imprensa, os comícios, os agitadores e os partidos políticos militantes. 
 
3 – Se, como escreve Silva Costa, “a aparição da ditadura militar em 15 de novembro de 1889 não se jus-tificaem frente dos princípios que a moderna sociologia consagra, os fatos que lhe sucederam enunciaram que, nem o Brasil estava preparado para a metamorfose im-posta, nem tinha homens capazes de levantar o sonhado edifício em fundações sólidas” (p.32).
 
3.1 – O Brasil copiou, servilmente, o modelo dos fundadores da república dos Estados Unidos, a quem “pediram inspirações, ao levantamento do edifício, cujos lineamentos se procurou copiar no Brasil, sem correção, nem critério científico”,mas com a sujeição a interesses alheios, sobretudo as graves acusações ao Dr. Ruy Bar-bosa, por atos contrários ao Brasil, de lavra de Antônio Joaquim de Souza Botafogo, estampadas e publicadas no jornal do Commercio de 22 de março de 1891. 
 
3.2 – Os maquinistas da chamada revolução “não conheciam o caminho que trilhavam, não viam o obstá-culo que despedaçaram as rodas, fizeramrecuar o carro, muito além do percurso feito, voltando ao simples período de uma fase estéril” indo até o arremesso contra a ban-deira e o hino nacional, pois ordem e progresso levam a questionar que “haverá governo sem ordem, haverá na-cionalidade sem que trilhe a senda indefinidado progres-so” (p.78/79): “Pungente zombaria do acaso!… sobre rui-nas, como sobre cadáveres, só se podem erguer edifícios, como as torres de Tamerlan”. 
 
*Oxford Dictionary of Quotations. Elizabeth Knowles. Oxford University Press: New York. 2009, 1155p. 1José da Silva Costa, A phase adventicia no Brasil, Companhia Typographica do Brazil, Rio de Janeiro, 1891, 80 p. 2O Visconde de Ouro Preto faleceu em 21 de fevereiro de 1912, em Petrópolis, onde boa parte de sua descendência com a Viscondessa de Ouro Preto (nascida Sinhazinha Fran-cisca de Paula Martins de Toledo, da antiga aristocracia paulista), estabeleceu-se desde os anos 1880. 3Torres de Tamerlan: Tamerlão, conquistador do século XIV que empilhava os crânios de seus inimigos criando, assim, muros. 4 Foi utilizada como fonte de pesquisa a coleção A Década Republicana – Editora Companhia Typographica do Brazil – Rio de Janeiro, publicada entre 1899 e 1902 
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